respondeu-nos com ma proposta para a salvação do Partido Socialista.

Aplausos do CDS e do Sr. Deputado do PSD Bento Gonçalves.

O Sr. Herculano Pires (PS): - Não apoiado!

Aplausos do CDS.

É certo, todavia - e a verdade tem de ser sempre dita, seja para que lado for -, que as relações entre o Governo e o CDS, e em especial as relações do Primeiro-Ministro comigo, se mantiveram e desenvolveram sempre num plano de grande serenidade, correcção e mesmo cordialidade. Congratulo-me sinceramente com o facto e felicito-me pelo seu significado e alcance. Não posso, contudo, nem devo, basear apenas no teor das relações pessoais a definição de uma política, a escolha de uma estratégia ou a celebração de uma plataforma programática.

Vazes do CDS:- Muito bem!

O Orador: - Mas Sr. Presidente e Srs. Deputados, o CDS sempre tem procurado comportar-se de forma a colocar em todas as circunstâncias o interesse nacional acima das suas conveniências ou sensibilidades partidárias. Cumpre-me assim examinar nesta Assembleia se haverá ou não motivos fortes de interesse geral que aconselhem o CDS a pôr neste momento entre (parêntesis os seus pontos de vista ou as suas queixas, em homenagem a princípios superiores que devam ser tidos em conta.

Tudo visto e ponderado, afigura-se-me que poderão talvez ser invocadas cinco razões principiais como fundamentos possível de um voto de confiança a conceder eventualmente ao Governo no contexto actual: primeira, não interromper uma determinada acção governativa em curso; segunda;, criar condições para a resolução da crise económica; terceira, evitar uma rotura financeira iminente; quarta, impedir a formação de uma maioria de esquerda; e quinta, não precipitar o País num beco sem saída, isto é, numa crise política para a qual não haja alternativas.

São estas, a meu ver, as cinco hipóteses essenciais. Vou examiná-las uma a uma.

A primeira - não interromper uma determinada acção governativa - logicamente só faria sentido se estivesse em curso algo de verdadeiramente excepcional, que não devesse sofrer qualquer solução de continuidade. A verdade, porém, está, em nossa opinião, muito longe disso e o balanço global das actividades desenvolvidas pelo 1.º Governo Constitucional não pode, infelizmente considerar-se satisfatório.

Isto não quer dizer que este Governo não tenha conseguido um certo número de resultados positivos. Nunca o CDS o negou. E eu não tenho qualquer dúvida em reconhecer hoje e aqui alguns deles: na política externa, a opção europeia expressa no pedido oficial de adesão à CEE; na política interna, o respeito pelos direitos, liberdades e garantias fundamentais do cidadão...

Vozes do CDS: - Muito bem!

gestão da maior parte dos meios de comunicação social pertencentes ao Estado. Porque é intolerável o sectarismo político e ideológico de alguns desses mesmos meios. Porque é negativa ou deficiente a situação administrativa e financeira da generalidade das empresas de comunicação social do Estado. Porque sendo o custo dessa situação pago por