portugueses, mo 1.º semestre de 1977, por 142 000 portugueses). Com a redução das vagas universitárias e o mau funcionamento do ensino secundário, com a retracção das admissões de pessoal, provocada pela acção política, do gonçalvismo, pelo receio do futuro e por cortas disposições legais, é sobretudo a nossa juventude que mais atingida se vê pelo desemprego, colocando em risco a sua disponibilidade para construir um país novo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Temos reclamado um plano nacional de emprego, mas o Governo neste domínio vem fazendo orelhas de mercador. E que acções de reconversão de emprego, de formação profissional, de formação permanente ou de intervenção no mercado de emprego tem o Governo programado? Não fala-mos já das situações de subemprego, nem das prestações sociais atribuídas aos desempregados. É certo que sem expansão económica não venceremos a batalha do emprego: é esta a síntese que o Governo parece neste domínio ou negar ou ignorar.

Finalmente, a questão da dependência do País nas suas transacções com o exterior. Asseverava o Governo, no fim de 1976, que conseguiria reduzir o défice dos pagamentos de Portugal ao exterior a 800 milhões de dólares; e nós garantimos-lhe que não, com a política contida, no Plano anual. Os resultados estão à vista: o défice previsto é de cerca de 1,2 biliões de dólares, pelo menos, ou seja, é igual, senão superior, ao do ano passado. É possível prev er que, em 1977, o que comprámos no estrangeiro exceda o que vendemos ao exterior em cerca de 100 milhões de contos, senão mais, e nunca a cobertura das nossas importações pelas nossas exportações, ou seja, a medida em que estamos dependentes do exterior por aquilo que não compramos e por aquilo que não conseguimos vender, desceu tão baixo, atingindo 40,3 em valor, em Agosto passado. O pior ainda é que as nossas exportações praticamente não têm crescido em termos reais, o que denuncia claramente a carência de uma política de apoio à exportação, que na exportação reconheça uma prioridade palpável de política económica, e também, por outro lado, que há práticas ilegais de retenção de divisas que significam falta de confiança na situação da economia portuguesa. Há muito que vimos reclamando, e isso foi sempre contraditado pelo Governo e pelo PS, uma acção intensiva e prioritária de apoio à exportação: efectivo funcionamento do seguro de crédito, e do financiamento das e mpresas exportadoras, favores fiscais efectivos, linhas de crédito adequadas, acções de promoção e fomento, redução das taxas portuárias e alteração do sistema de serviços portuários;, revisão dos esquemas de funcionamento das empresas transportadoras, etc. Além, claro, dos estímulos gerais à iniciativa privada, que assegura cerca de 70% das exportações Não sabemos por que motivo recusa o Governo a prioridade que em termos nacionais assume o apoio a uma política activa de exportação. Mas a verdade é que sempre tem mantido uma política que na prática se traduz em deixar os exportadores portugueses, uma boa parte da iniciativa privada portuguesa, abandonados a si mesmos e portanto sem condições de competirem nos mercados internacionais.

Vozes do PSD: - Muito bem!

número avultado de camas, e a desorganização no sector vá em crescendo -, é certo também que as remessas dos emigrantes aumentaram, embora tal aumento resulte, em boa parte, da desvalorização do escudo e as coloque em termos reais ao nível de 1973. A tal estado chegámos afinal, que em economia já se apresenta como sinal de êxito alcançar os valores de 1973!

Vozes do PSD: - Muito bem!