Nós entendemos, e não estamos a fazer nenhuma crítica pessoal a ninguém do Governo, que é em boa parte pela fórmula de Governo e pelo tipo de acção governativa que foi seguida que este governo não tem conseguido ter uma acção coerente, capaz e eficaz. Não há críticas pessoais e não há, muito menos nisto, críticas ao Partido Socialista.

Quanto à política de alianças, é evidente que não privilegiamos nem o CDS nem o PS, o que não significa que não haja uma política de não alianças. Há, sim, a posição normal de um partido democrático que aceita entender-se em base de negociação com outros partidos democráticos, sendo todos eles problematicamente diferentes. Se o princípio de que a diferença de programas impede entendimentos fosse aplicável em democracia, então não haveria compromisso, nem coligação, nem entendimento.

Vozes do PSD - Muito bem!

Vozes do PSD: - Muito bem!

sim, é a política de não alianças do PS.

Aplausos do PSD.

matéria de funcionários é hoje uma das grandes causas de dificuldades da gestão orçamental. Mas defendemos as várias soluções que mencionei no discurso: maior produtividade das despesas públicas, disciplinada contratação e, naturalmente, uma gestão mais eficiente do sector público empresarial.

Vozes do PSD: -Muito bem!

O Orador: - É evidente que há ainda casos que, importa reconhecer, se têm atenuado, mas que persistem, de discriminação do crédito ao sector privado, por exemplo, no domínio da agricultura, mas não só. É evidente que há dificuldades dos nossos empresários quanto a adaptarem a gestão das empresas à inflação, mas isso é um dado com que temos de contar. Outro dado que temos a considerar é que as estruturas das empresas portuguesas significa que é para elas fatal uma alta taxa de juro independentemente do problema, que reconhecemos, de ser necessário criar uma solução flexível e diversificada e de ser necessário controlar a criação monetária através de fracções globais. Parece evidente também que, em

evasão monetária ou de atracção de capitalistas, a razão principal por que se poderá equilibrar a nossa balança de capitais não é hoje ainda, infelizmente, a manipulação das taxas de juro. É evidente que não aceitamos o princípio das negociações com o Fundo Monetário Internacional nem, de forma alguma, estamos contra algumas medidas de austeridade preconizadas. O que entendemos, isso sim, é que, primeiro, se não temos que ver com estas negociações, não temos que lhes dar aval a não ser depois de conhecermos o seu conteúdo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Em segundo lugar, que algumas das medidas que nos são propostas no memorando do Governo, e nós dizemos quais, não merecem o nosso apoio.

Quanto à outra pergunta sobre a redução da taxa de inflação de preço médio do consumidor, para o final do ano, de 32% tem em conta uma relativa desaceleração ocorrida nos últimos meses. Se é esse o sentido da pergunta, não há qualquer dificuldade em reconhecê-lo. Também parece claro que qualquer outro Governo não poderia ter alterado as relações da economia portuguesa, mas poderia ter