demonstrar que não é capaz de gerir e muito menos de digerir.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, queira concluir, pois já esgotou o seu tempo.
O Orador: - Para concluir, creio estar tudo respondido. Reitero as nossas críticas; e o nosso propósito de só salvar deste diploma aquilo que pode ser salvo, retirando de lá aquilo que, a nosso ver, nem sequer estava nos limites da autorização legislativa que esta Assembleia concedeu ao Governo em Agosto...
Vozes do PSD: - Muito bem!
O Orador: - ..., que é a reconversão de escolas que têm um passado muito grande, que têm dado uma contribuição muito útil para o desenvolvimento harmonioso da sociedade portuguesa e que têm de ser consideradas à parte no âmbito de uma lei geral do ensino superior.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Aires Rodrigues pede a palavra para que efeito?
O Sr. Aires Rodrigues (Indep.): - Sr. Presidente, eu tinha feito sinal à Mesa para me inscrever em listas de pessoas a pedir esclarecimentos ao Sr. Deputado Pedro Roseta.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, a Mesa não tinha reparado, mais não põe a sua palavra em dúvida. Faça favor.
O Sr. Aires Rodrigues (Indep.): - Sr. Deputado Pedro Roseta, ouvi a sua intervenção na qual declarou estar em desacordo com o decreto que institui o ensino superior curto, apesar de, ao mesmo tempo, o defender.
Quero dizer-lhe que penso que o ensino superior curto significa uma desqualificação, e é nessa medida que não o podemos aceitar. No entanto, gostaria de saber como é que o Sr. Deputado explica que o projecto do seu partido seja no sentido de uma diversificação do ensino, da criação de um maior número de escolas de ensino superior curto, mas defendendo ao mesmo tempo a manutenção das verbas previstas no Orçamento Geral do Estado paira o ensino, pois, que eu saiba, tais verbas não foram postas em causa pelo seu partido. Além disso, o seu partido defendeu a prioridade para a satisfação das indemnizações aos capitalistas e latifundiários expropriados e não, que eu saiba, a prioridade para o ensino. Como é possível, portanto, vir agora falar num programa de ensino extremamente desenvolvido e ao mesmo tempo não se explica o que significa, no vosso entendimento, o ensino superior curto? Gostaria de saber se o ensino superior curto que o seu partido defende é o mesmo da Noruega, onde as escolas de ensino superior curto estão subordinadas aos interesses do patronato regional, se é em função das necessidades do mercado de trabalho, que devem ser constituídos os institutos de desqualificação que são na realidade os do ensino superior curto. Era isto que eu queria que o Sr. Deputado aclarasse relativamente à sua intervenção.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Roseta para responder.
O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Quanto à primeira questão que me põe o Sr. Deputado Aires Rodrigues, posso dizer-lhe que defendemos efectivamente a existência de um ensino superior curto, mas não este, não um ensino estanque, não um ensino discriminatório, não um ensino classista, não um ensino que beneficie as regiões já contempladas com outras instituições de ensino superior, nomeadamente de ensino universitário.
Vozes do PSD: - Muito bem!
contraídos, com um encargo enorme para cima de gerações futuras, porventura algumas das quais ainda não nascidas, que não só ficam com esse encargo a pagar como nem sequer têm os meios, a masca cinzenta - digamos assim, para usar aqui um lugar-