as cujos cursos passarão a ser definidos segundo as necessidades e os interesses dos donos das empresas, interesses que não podem ser senão retrógrados e decadentes, tentando impor uma política que é aquela que quer o Fundo Monetário Internacional, e cujas consequências são a miséria, os despedimentos, a catástrofe para este país, como podemos avançar?

Eu pergunto aos Srs. Deputados do Partido Socialista se será com estas medidas que nós poderemos avançar.

Os Deputados do Partido. Socialista, tal como os Deputados do PCP, não têm o direito de aprovar este decreto.

Penso que o vosso direito e o vosso dever e estarem ao lado dos estudantes, estarem ao lado dos professores e fazerem com que este decreto seja revogado, fazendo a vontade, aliás, aos estudantes das escolas que passaram ao nível superior, reconhecerem o Decreto-Lei n.º 830/74, do III Governo Provisório.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, pergunto se alguém deseja pedir esclarecimentos.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Dá-me licença, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, não é para pedir esclarecimentos, visto que a hora está esgotada. Mas eu há pouco, depois da última resposta da Sr.ª Deputada Teresa Ambrósio, tinha-me inscrito e a Mesa, como é absolutamente aceitável, não reparou na minha inscrição. Era para fazer um pequeno protesto.

O Sr. Presidente: - Pode fazê-lo agora, Sr. Deputado. É sempre tempo de protestar.

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - E ela também.

O Orador: - Eu perguntei para onde encaminharia os seus filhos, se para o ensino superior curto, se para o ensino superior universitário. A Sr.ª Deputada trocando o «encaminhar» por «mandar», de facto fugiu à resposta, mas fugir a uma resposta é dar, de certa forma, uma resposta também.

Eu devo dizer-lhe, Sr.ª Deputada, que eu sou pai de quatro filhos e penso que é meu dever encaminhar os meus filhos. Portanto, Sr.ª Deputada, se a pergunta me fosse feita, eu responderia: encaminharia os meus filhos para o ensino superior universitário.

O Sr. Presidente: - V. Ex.ª disse que fazia um protesto, mas fê-lo em linguagem tão terna que não pareceu um protesto.

Srs. Deputados, chegámos ao fim dos nossos trabalhos.

Amanhã funcionarão as comissões.

A próxima reunião plenária é na quinta-feira, à hora habitual, com a ordem de trabalhos constante da agenda de hoje.

Está encerrada a reunião.

Deputados que entraram durante a sessão:

Partido Socialista (PS)

Alberto Arons Braga de Carvalho.

António Manuel de Oliveira Guterres.

António Rico Calado.

Bento Elísio de Azevedo.

Carlos Manuel Natividade da Costa Candal.

Delmiro Manuel de Sousa Carreira.

Eurico Manuel das Neves Henriques Mendes.

Fernando Abel Simões.

Fernando buís die Almeida Torres Marinho.

Florêncio Joaquim Quintas Matias.

Gualter Viriato Nunes Basílio.

Jaime José Matos da Gama.

João Francisco Ludovico da Costa.

João Soares Louro.

Joaquim José Catanho de Menezes.

José Luís do Amaral Numes.

Luís Abílio da Conceição Cacito.

Manuel João Cristino.

Maria de Jesus Simões Barroso Soares.

Maria Margarida Ramos de Carvalho.

Teófilo Carvalho dos Santos.

Partido Social-Democrata (PPD/PSD)

Amantino Marques Pereira de Lemos.

Antídio das Neves Costa.

António Jorge Duarte Rebelo de Sousa.

António Júlio Simões de Aguiar.

Arcanjo Nunes Luís.

Armando António Correia.

Fernando Adriano Pinto.

Fernando José da Costa.

Francisco Barbosa da Costa.

João António Martelo de Oliveira

João Lucílio Caceia Leitão.

Jorge de Figueiredo Dias.

José Angelo Ferreira Carreia.

José Bento Gonçalves.

José Ferreira Júnior.

José Manuel Ribeiro Sérvulo Correia.

José Rui Sousa Fernandes.

Marta Helena dos Reis da Gosta Salema Roseta.