significa, para mim, autofinanciamento, no sentido de um desenvolvimento das empresas e da criação de postos de trabalho.
É natural que o Sr. Deputado não compreenda essa situação. É natural e perfeitamente Lógico que não compreenda essa situação, mas não me venha dizer que o facto de unia empresa tentar investir, tentar ampliar e- criar novos postos de trabalho que isso é nitidamente reacção, que isso é nitidamente uma posição reaccionária e contra os trabalhadores. Neste momento os trabalhadoras saberão efectivamente onde está a razão.
O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado Jorge Leite. É também para um esclarecimento?
O Sr. Jorge Leite ('PCP): - Não, Sr. Presidente, era para fazer um curto contraprotesto.
O Sr. Presidente: - Faça favor.
anticomunismo pode levar a este tipo de cegueira.
Vozes do PCP: - Muito bem!
O Orador: - Protesto assim pelo facto de o Sr. Deputado do PSD abusiva e caluniosamente atribuir aos comunistas as dificuldades que claramente se não devem a actuações de trabalhadores, de empresas que neste momento se encontram em crise, crise essa que não é actual, que não é só de agora, crise essa que, como se referiu na própria intervenção da minha camarada, se verificava a data em que numa das empresas o Governo resolveu intervir. De facto, Sr. Deputado, e para concluir, eu esperava que uma intervenção destas não merecesse as considerações de defesa de interesses capitalistas do tipo daquelas que o Sr. Deputado aqui proferiu.
Vozes do PCP:- Muito bem!
O Sr. Simões de Aguiar (PSD):- Peço a palavra.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Simões de Aguiar, tenha paciência, mas não lhe concedo a palavra, porque o que o Sr. Deputado Jorge Leite proferiu foi um contraprotesto.
O Sr. Simões de Aguiar (PSD): - Efectivamente não compreendo porque é que houve um contra protesto.
O Sr. Presidente: - V. Ex.ª, no seu protesto ...
O Sr. Simões d« Aguiar (PSD): - Eu não fiz um protesto, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado no seu protesto efectivamente, referiu-se marcadamente ao Partido Comunista, dizendo que eram os operários comunistas. O Sr. Deputado Jorge leite, contraprotestou. Não lhe posso, portanto, conceder mais a palavra sobre este ponto.
O Sr. Simões de Aguiar (PSD): - Sr. Presidente, posso fazer um esclarecimento à Câmara?
O Sr. Presidente: - É claro que há essa escapatória dos esclarecimentos, que afectivamente nos põem atrapalhados, mas faça o favor de esclarecer.
O Sr. Simões de Aguiar (PSD):- Mas, Sr. Presidente, é mesmo um esclarecimento.
O Sr. Presidente: - É claro que eu não posso deixar de dizer que se estão a verificar alguns abusos, mas este Regimento continua a ser um Regimento intolerável, porque não permite que o Presidente acabe com uma situação perfeitamente desagradável como é esta, mas eu espero que venha a permitir.
Mas faça o favor de esclarecer a Câmara, Sr. Deputado.
O Sr. Simões de Aguiar (PSD):- Sr. Presidente, para que não haja dúvida nesta Câmara, eu fiz uma distinção bastante nítida entre os trabalhadores. Eu não acusei todos os trabalhadores de serem responsáveis por situações desastrosas nas empresas.
A Sr.ª Alda Nogueira (PCP): - Está gravado, Sr. Deputado!
O Orador: - Eu acuso categórica e frontalmente a minoria dos trabalhadores que neste momento são manipulados, mas estou esperançado em que efectivamente eles tomem consciência dessa manipulação.
Duvido efectivamente os trabalhadores em duas partes: aqueles que são conscientes e colaboram e aqueles que são manipulados pelo Partido Comunista.
É este o esclarecimento que eu quero fazer à Câmara.
Protestos do PCP.
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, naturalmente fazem-me a justiça de compreender que quanto mais gritam menos eu ouço.
O Sr. Jorge Leite (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Simões de Aguiar já viu o que arranjou? Com esse esclarecimento, em que se dirigiu directamente ao Partido