balhadores que estão trabalhando na própria frota que faz a distribuição.
Mas, encarando o problema numa perspectiva global, e nós temos alguns números relativamente a isso. dir-lhe-ei o seguinte, no que concerne, primeiro, à Unicer que, como sabe, é fruto da fusão da CUF Portuense, da Copeja e da Imperial: uma vez operada a fusão, os resultados por litro, do ponto de vista económico, retirando os encargos financeiros, serão negativos, na ordem dos $32 e os resultados globais por litro serão negativos, na ordem de 1$31.
O Sr. Sérvulo Correia (PSD): - Uso é que se cama viabilizar!?
Vozes do PSD: - Muito bem!
O Orador: - Foi, por conseguinte, uma medida impensada.
Como eu tive ocasião de dizer na minha intervenção, o Partido Social-Democrata pretende, com este pedido de ratificação, que uma matéria nestas seja atentamente pensada.
Vozes do PSD: - Muito bem!
O Orador: - Que as pessoas e os grupos parlamentares nela meditem, não por razões partidárias nem de cobertura a um acto de Governo, que foi impensado, ao debater e votar esta matéria, no interesse nacional, no interesse da economia portuguesa e no interesse dos trabalhadores do sector cervejeiro.
Aplausos do PSD.
O Sr. Veiga de Oliveira (PCP):- Peço a palavra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Pode fim formar-me para que efeito pede a palavra, Sr. Deputado?
O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - O Sr. Deputado fez, pelo menos, uma entusiástica intervenção em respostas, mas esqueceu-se totalmente, de uma pergunta que eu fiz. E como a pergunta é muito importante e como ela se liga justamente com esse suposto perigo para os postos de trabalho, que seria só para os trabalhadores que têm o mérito de terem empresas prósperas e não para os outros que não as tem, eu pedia ao Sr. Presidente que me deixasse perguntar ao Sr. Deputado se ele podia responder à minha pergunta.
Eu repito-a agora rapidamente: o Sr. Deputado falou em défice, sobretudo em três empresa;, e eu perguntava-lhe a que é devido esse défice: se efectivamente é porque essas empresas não têm condições de produção em termos lucrativos ou porque foram criadas com manobras e manipulações de dinheiros não próprios, com o estabelecimento de empresas, por exemplo, com 200 000 contos de capital social, do qual só 18 000 contos foram realizados, tendo sido investidos 300 000 contos com empréstimos, a maior parte deles a curto prazo, e se é ou não o problema de rectificar essas situações que está em causa, em vez de dizer que há trabalhadores que são prósperos e trabalhadores que não o são.
Esta pergunta é muito importante e eu gostaria que o Sr. Deputado respondesse.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, tenha a bondade de responder, mas informo-o de que já esgotou o seu tempo há pouco e por isso lhe peço que seja breve.
O Sr. Sousa Marques (PCP): - Peço a palavra. Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, tem a palavra desde que se trate de qualquer pedido de esclarecimento suplementar.
O Sr. Sousa Marques (PCP): - Eu agradeço, Sr. Presidente, o ter-me concedido a palavra.
De facto eu tinha posto uma questão ao Sr. Deputado Furtado Fernandes que ele não tocou sequer nas suas respostas e que foi esta: qual a posição do seu partido e quais as decisões que há que tomar relativamente à distribuição da cerveja, portanto aos circuitos de comercialização?
Uma voz do PSD: - Essa agora!
O Orador: - Por outro lado, gostava de esclarecer o seguinte: o Sr. Deputado diz que a comissão de reestruturação não acabou o seu trabalho. Então com base em que trabalho e em que conclusões é que se fizeram declarações de voto?
Vozes do PSD: - O problema é esse?!
O Sr. Presidente: - Não interrompam, Srs. Deputados. Deixem o nosso colega concluir e depois poderão responder-lhe.
O Orador: - Sr. Presidente, como os Srs. Deputados não me deixaram acabar, e portanto não ouviram aquilo que eu disse, eu repito.
O Sr. Cunha Leal (PSD): - Já se ia a sentar!
O Orador: - Se a comissão de reestruturação não concluiu coisa alguma, então com que base é que houve membros da comissão de reestruturação que fizeram declarações de voto? Declarações de voto sobre quê?
O Sr. Sérvulo Correia (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.