de duas empresas, fundamentalmente a Sociedade Central de Cervejas e a CUFP. Mas lembro-lhe que toda a minha intervenção foi no sentido de apresentar números não relativamente a esta ou àquela empresa, mas sim à situação em que ficaria todo o sector. Neste, momento, não vale a pena, com certeza, estar-lhe a repetir estes números. Todavia, se o Sr. Deputado Manuel Proença quiser, volto a repetir-lhos, quer quanto à taxa de ocupação das instalações instaladas, quer quanto à produtividade quer quanto às ratios da relação capital alheio/capital próprio.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, creio que já não há tempo para isso. No entanto, vejo que concluiu.

Tem a palavra o Sr. Deputado Sousa Marques, também para formular pedidos de esclarecimento.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Sr. Deputado Simões de Aguiar, a primeira questão que lhe vou colocar já foi apresentada duas vezes por mim ao seu colega de bancada Furtado Fernandes, que se «furtou» a responder a ela.

Volto, portanto, a insistir em saber qual a posição do PPD/PSD relativamente à comercialização dos produtos e que propostas tem o PSD relativamente a «ase sector, que, como se sabe, não foi nem reestruturado nem objecto de nenhuma medida governamental?

A segunda questão que lhe queria pôr era esta: O Sr. Deputado Simões de Aguiar está ou não de acordo em que as dificuldades de algumas das empresas cervejeiras se devam à sua deficientíssima situação financeira, e que essa situação financiaria é herdada, do passado? O Sr. Deputado está ou não de acordo em que as empresas são viáveis desde que sejam resolvidos os seus difíceis problemas financeiros.

O Sr. Bento Gonçalves (PSD): - Não é nada disso!

O Orador: - Quanto à fusão, Sr. Deputado, mos já ouvimos dizer várias vezes dessa bancada que, em teoria, não são contra outros tipos de fusão. Mas no que temos reparado é que, na prática, são, de facto, contra a fusão das empresas cervejeiras, e explico-lhe porquê: e que dizer que se põe em risco todo o sector, - porque há duas ou três empresas em situação económico-financeira difícil e que por essa razão não só faz a fusão, significa, pura e simplesmente, abandonar precisamente essas empresas, abandonar os trabalhadoras dessas empresas e tentar salvar parte do sector nacionalizado. Nós, em primeiro lugar, não comungamos dessa perspectiva de desgraça, dessa perspectiva catastrófica com que o PSD pinta a situação no sector das cervejas. Já o dissemos: resolvam-se as situações financeiras das empresas que teremos boas situações económicas, e não teremos desse modo nenhuma razão para apontar que esta ou aquela empresa não têm viabilidade económica.

O Sr. Presidente: - Queira concluir, Sr. Deputado.

Aplausos do PCP.

O Sr. Carlos Laje (PS): - Não é, não!

O Sr. Sérvulo Correia (PSD): - Dá-me licença, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Sérvulo Correia deseja interpelar a Mesa?

O Sr. Sérvulo Correia (PSD): - Sr. Presidente, inscrevo-me para um protesto.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, pois pode formulá-lo já, visto que o protesto tem prioridade, porque foi provocado pela intervenção que acaba de ser feita.

Aplausos do PSD e do CDS.