O Sr José Amaral (PS): - Sr Deputado Furtado Fernandes, quando me referi ao seu texto destaquei a passagem "recolhendo o maior numero possível de elementos"
Pois bem esse trabalho de recolha do maior número de elementos que é um dos aspectos fundamentais para se fazer o estudo suponho que não deveria estar assim muito atrasado aquando do despacho do Ministro da Indústria e Tecnologia, que não suspendeu o estudo, mas deu uma linha de orientação política a esse estudo e o estudo continuou, efectivamente, ate 11 de Agosto, data em que foi entregue.
O Sr Furtado Fernandes (PSD): - Sr. Deputado dá-me licença que o interrompa?
O Orador: - Faça favor, Sr Deputado.
não se concluíram porque esta directriz foi exactamente para impedir que essa pesquisa de modelos viáveis tosse levada ate ao fim É pura e simplesmente contra este facto que nos insurgimos considerando embora que há um manancial de informação recebida pela Comissão de Reestruturação. Sobre isso não temos dúvidas.
O Orador: - Bem, o Sr Deputado entende que o facto de se ter limitado o campo das opções acabou por destruir o trabalho de análise no seu conjunto. Ora bem, Sr. Deputado, aí estamos perfeitamente de acordo. O Partido Socialista entende que as soluções neste caso, não devem ser estritamente técnicas mas também devem ser políticas. Nos já sabemos que o Sr. Deputado se insurgiu inclusive na sua intervenção contra o Ministério da Indústria e Tecnologia pelo facto de ter dado o devido relevo e a devida importância a decisão de carácter político. Naturalmente que estaremos sempre em desacordo, porquanto as nossas opiniões nesse campo do privado da técnica sobre o campo político divergem. Estamos perfeitamente de acordo em que elas divirjam, e, por meu lado, estou perfeitamente esclarecido. Apenas quero dizer a Câmara que o Ministério entende que deve haver uma decisão política, que este problema é fundamentalmente político, e que os meios técnicos postos à disposição para permitirem soluções e para preparar decisões tem de se submeter a decisões de carácter político
Noutro ponto da sua intervenção o Sr Deputado diz que deveriam continuar os estudos, mas a verdade e que não podemos continuar indefinidamente a estudar. Aliás era conhecida há uns anos atrás a frase de que quando não se queria fazer nada num determinado campo se encarrega vá uma comissão para estudar esse assunto e já se sabia que durante muitos anos o assunto ficava na prateleira.
Este Governo entende que tem de haver um determinado momento em que há que tomar decisões e há que parar os estudos, que sabemos que se podem prolongar indefinidamente. O Sr Deputado insurge-se com a não continuação dos estudos, o que me parece perfeitamente natural. O Partido Socialista entende que, efectivamente, a este respeito havia também que tomar uma decisão e evitar que uma situação que estava a começar a ser recuperada viesse eventualmente a degradar-se. E para tentar evitar a Naturalmente que houve e continua a haver a exploração dos da dos que foram obtidos e que se chegou a uma conclusão.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra, o Sr Deputado Simões de Aguiar, creio que para pedir esclarecimentos.
O Sr. Simões de Aguiar (PSD): - Não, Sr Presidente, era só única e simplesmente para dar uma explicação à Câmara.
O Sr. Presidente: - Queira prestá-la, Sr. Deputado.
O Sr. Simões de Aguiar (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Eu peço a palavra fundamentalmente por dois motivos em primeiro lugar, por estranhar que o Sr. Deputado José Amaral, do Partido Socialista, não desmentisse os elementos estatísticos por mim apontados e rotulados ontem pelo Sr. Deputado Carlos Lage como falsos ou como menos verdadeiros É evidente que o Sr. Deputado José Amaral se limitou a fazer uma acusação no sentido de que a minha exposição teria sido de um tecnicismo atroz, economicista. É evidente que sim, Sr Deputado. É evidente que a crueza e a nudez dos números demonstra que o Partido Social-Democrata tem razão em estar de acordo contra este tipo de fusão
Em segundo lugar, afirmou o Sr. Deputado que na mi-