5.º - Dar aos Portuguesas confiança em si mesmos e nas capacidades de Portugal.

Vozes do CDS: - Muito bem!

possível se houver coragem, força de vontade e trabalho.

Numa palavra, este Governo tem de saber que pode ter êxito. Os dois partidos que o apoiam têm de saber que podem ganhar esta campanha em que se empenharam. O povo português tem de saber que pode sair da crise em que se acha mergulhado.

Vozes do CDS:- Muito bem!

O Orador: -Como estávamos mos «m 1974? Estávamos em ditadura, estávamos em guerra, estávamos voltados para o Terceiro Mundo.

Como estamos hoje? Estamos em democracia, estamos em paz, estamos voltados pana a Europa.

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Muito bem!

O Orador: - Como editávamos em 1975? Em plena agitação revolucionária, a caminho do totalitarismo e sob o domínio de governantes não desejados nem escolhidos por nós.

Como estamos hoje? Em plena normalidade constitucional, em liberdade pacífica e governados por dirigentes livremente eleitos pelo povo português.

Vozes do CDS e do PS: - Muito bem!

O Sr. Carlos Carvalhas (PCP): - E o CDS no Governo!

O Orador: - Em quatro anos apenas, quantas transformações, quantas angústias, quantas lutas, mas também quantas vitórias?

Vozes do CDS: - Muito bem!

O Orador: - Será que nos vai faltar o ânimo quando nos resta apenas travar a última grande batalha?

A verdade é que Portugal dispõe actualmente dos meios necessários para vencer a crise que o atormenta.

Estamos, é certo, enfraquecidos na nossa moeda, empobrecidos nas nossas finanças, desorganizados na nossa economia. Mas nem tudo são dificuldades. Somos um povo que trabalha ...

A Sr.ª Ercília Talhadas(PCP): - Com o CDS no Governo!

O Orador: -..., temos consideráveis recursos naturais para explorar, estamos a criar salutares hábitos de poupança, temos quem queira investir entre nós, dispomos de um apoio internacional tão intenso como raramente se terá manifestado, abrem-se-nos novos mercados e novas cupom unidades nos quatro cantos do mundo, dispomos de tecnologias com interesse para inúmeros países menos desenvolvidos que nós, beneficiamos de uma posição geográfica e estratégia de grande relevo, temos uma cultura enriquecida pela história e pela abertura ao exterior, somos considerados bem-vindos no Mercado Comum europeu, continuamos parceiros desejados e apreciados na NATO, contamos com umas Forçais Armadas hierarquizadas, disciplinadas e dignificadas...

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Muito bem!

O Orador: -.... possuímos uma juventude numerosa e animada de ideal, vivemos em paz, não sofremos ameaça nas nossas fronteiras, nem alimentamos ambições territoriais que nos possam envolver em guerra contra terceiros: com todas estas vantagens e com tantas cartas para jogar, por que esperamos para arrancar definitivamente para a frente?

O Sr. Amaro da Cesto (CDS): - Muito bem!

O Orador: - Não fiquemos todos à espera da solução supostamente ideal, que talvez chegasse numa manhã d(c) nevoeiro... O sebastianismo aplicado a uma economia do século XX não terá nunca a beleza de um sonho poético, será apenas um sinónimo rude e feito de pobreza, de enfraquecimento e de marginalização no concerto das nações.

Vozes do CDS: - Muito bem!

O Orador: - De modo que este Governo tem de desbloquear os ânimos e as vontades, concitar a confiança e afastar as dúvidas, as incertezas e o cepticismo. Tem de dar um sopro de vida, de frescura e de eficácia à política portuguesa. E tem de explicar ao nosso povo que se Portugal não poderá ser nunca o país mais poderoso do mundo, nem pode ser tão cedo o mais rico ou o mais avançado, pode, com certeza e desde já ser o mãos aberto, o mais generoso e o mais humano.

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Muito bem!

O Orador: - Vencer a crise está ao nosso alcance. Não é tarefa excessiva nem demasiado pesada para nós. Bastará que os governantes tenham a coragem moral necessária para tomar as decisões difíceis que se impõem; que os políticos tenham o bom senso necessário para compreender e viabilizar a fase delicada que nos espera; que os empresários tenham a