O Sr. José Vitorino (PSD): - Pode estar descansado!

O Sr. Sérvulo Correia (PSD): - Não existo

O Sr. Américo de Sequeira (PSD): - O problema

da República que honra o Estado Português e que não se deixará jamais partidarizar por ninguém.

Aplausos do PS, do CDS, do Governo e de alguns Deputados do PSD.

Mas o Governo precisará também do apoio desta Assembleia - é isso que lhe estamos justamente a pedir neste momento e estou convencido de que vai tê-lo - para governar não somente hoje, mas para governar até ao fim da legislatura.

O Sr. Salgado Zenha (PS): - Claro!

O Orador: - E isso é a grande novidade que existe neste Governo: é que à partida tem condições para Governar até 1980 e vai Governar até 1980.

Aplausos do PS e do CDS.

O Sr. Cunha Leal (PSD): - Já ouvimos isso no I Governo.

O Orador: - O clima do debate que aqui houve não reflectiu, a meu ver, a situação de crise grave que vive o País.

Os partidos estiveram demasiado empenhados em defender as suas próprias razões e em discutir menos os problemas nacionais. E a verdade é que, se vivemos esta crise que vivemos, isso deve-se à circunstância de nós considerarmos que era necessário pôr a esta Assembleia uma moção de confiança, para consciencializar, através dela, todo o País da gravidade da crise financeira que nós atravessamos, dos remédios que temos pela frente para ultrapassar e vencer essa crise e para mobilizar através disso não somente a consciência mas a vontade de todos os portugueses.

Por isso foi lamentável que não se fizesse uma reflexão, uma discussão, que não se perdessem aqui algumas horas para discutir a parte do Programa que diz respeito justamente ao projecto económico...

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Muito bem!

O Orador: - ...ao programa de estabilização a curto prazo e às grandes linhas a médio prazo, conseguida a estabilização financeira necessária para nos lançarmos no desenvolvimento, e que não discutíssemos a intervenção do Ministro das Finanças.

Falou-se de austeridade, mas ninguém perguntou em que é que consistia essa mesma austeridade. Entretanto, é essa porventura a pergunta mais angustiada, mais necessária, mais directa, que faz a todos nós o povo português: como é que vamos viver concretamente o ano de 1978?

O Sr. Coelho de Sousa (PSD): - Mal!

O Orador: - Quais são as dificuldades por que vamos passar? Temos de passar ou não por elas? Poderão ser elas evitadas?

Pelo contrário, voltou a falar-se com uma ponta de demagogia que julgávamos já ultrapassada...

O Sr. Marques Mendes (PSD): - Nota-se.

O Orador: - ...,na necessidade de vencer o desemprego, na necessidade de aumentar a produção, na necessidade de fazer crescer a economia e ao