perante a firme oposição dos trabalhadores, socorre-se de uma aparatosa acção policial.

Na Fritlã, empresa de confecções da Amadora, o patrão promove um assalto, pela calada da noite, e retira nada mais, nada menos, que todo o seu recheio, inclusive maquinaria!

São apenas alguns casos, entre muitos, mas bem elucidativos. Mostram que a acção do patronato em relação às empresas que são geridas pelos trabalhadores tem visado a sua desestabilização e a criação de toda a ordem de dificuldades ao seu desenvolvimento, e consolidação. E mais: mostram que, o regresso do patronato a essas empresas é fonte de graves tensões sociais, conduz ao desrespeito dos direitos dos trabalhadores e à diminuição dos postos de trabalho, leva à degradação e, paralisação das empresas, não serve o interesse nacional.

Vozes do PCP: - Muito bem!

souberam manter em laboração empresas abandonadas e sabotadas, foram capazes de garantir os postos, de trabalho, enfrentaram e resolveram muitos problemas, puderam mesmo, por vezes desenvolver e relançar empresas que outros consideravam perdidas. E assim como o fizeram, sem qualquer apoio, nestes anos que passaram, assim o saberão fazer também no futuro!

A vida demonstrou, por outro lado, que os trabalhadores, melhor do que ninguém, são capazes e estão interessados em atender aos interesses de terceiros e em cumprir pontualmente, mesmo que com sacrifícios, aquilo a que se, obrigam.

As queixas de fornecedores e clientes, de pequenos e médios industriais e comerciantes, não são contra os trabalhadores e contra a gestão que realizaram. Não são as dívidas contraídas pelos trabalhadores que estão em questão, porque 'estes sabem e querem honrar os seus compromissos. Mais ainda: tudo fazem e tudo farão para resolver os problemas e dívidas que o ex-patrão deixou à empresa. E quantas o quantas vezes o fizeram com sacrifício do seu próprio salário e de outras regalias!

Vozes do PCP: - Muito bom!

técnicos administrativos e de produção, a fim de permitir a curto prazo melhorias na produtividade e na qualidade.

Demonstraram abundantemente que urge racionalizar e actualizar os meios de produção e promover estudos de reestruturação, reconversão e fusão de empresas, a fim de, tornar viáveis economicamente o maior número possível.

Do estudo que, têm vindo a fazer da situação global do sector ressaltam conclusões que não podem ser ignoradas: é a necessidade de linhas especiais. de crédito e financiamento em condições preferenciais; é a garantia de, escoamento de produtos, em especial a partir de contratos especiais de, venda ao Estado 9 às empresas do sector público; é o apoio de organismos especializados do Estado para obtenção de encomendas nos mercados tradicionais e em novos mercados.

Em vez de tudo isso, os trabalhadores defrontaram-se, sim, foi com graves omissões e mesmo, até com práticas que comprometem a viabilidade e o futuro das empresas.

Foi assim na Estercoop (ex-Frema), executada pelo Estado por dívidas do ex-patrão.

Foi assim na Cuétara, onde durante o período de autogestão o dinheiro da empresa foi imobilizado na banca. É assim na Neolux, do Porto, onde, depois de os trabalhadores elaborarem um plano, completo de reconversão da sua empresa, plano já aprovado por entidades oficiais, não conseguem obter créditos bancários, sob o pretexto da falta de definição jurídica da situação da empresa.

É assim na Empresa Fabril de Vormoim, onde à falta de apoio se acrescenta a ingerência. Na verdade, a partir de uma credencial, que condiciona a aquisição. de maquinaria a autorização do Ministério, os trabalhadores esperaram meses por uma simples bobinadeira, com» a qual pretendiam afinal, e só, aumentar a produção e contribuir para a riqueza nacional.

Muitos outros exemplos quase tantos quantos as empresas se poderiam narrar aqui...

Mas são também exemplos, cada um deles, de uma