Também eu, Sr. Presidente e Srs. Deputados, confiança no patriotismo e bom senso dos funcionários públicos.

Aplausos do CDS e do PS.

O Sr. Presidente: - Para pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Sousa Marques.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Sr. Deputado Cunha Reis, que acabou de intervir, referiu que o Ministério da Reforma Administrativa e o Governo não se tinham furtado ao diálogo. No entanto, é bom recordar que esse dialogo foi aceite tarde e por insistência dos trabalhadores da função pública, mais particularmente por insistência dos órgãos representativos desses mesmos trabalhadores.

O Sr. Presidente: - Peço desculpa de o interromper, Sr. Deputado, mas o Sr. Secretário da Mesa lembra-me que já terminou o período de antes da ordem do dia, pelo que peço aos Srs. Deputados para serem bastante sucintos nas perguntas e respostas, a fim de não excedermos muito o período de antes da ordem do dia. Se vêem que não o podem fazer, então terão de ficar com a palavra reservada para a próxima sessão plenária da Assembleia.

Tem a palavra, Sr. Deputado Sousa Marques.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Sr. Presidente, julgo que há vários Deputados inscritos, pelo que esta discussão certamente se prolongaria e, portanto, penso que é melhor ficarmos com a palavra reservada para a próxima sessão plenária.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Sousa Marques está, portanto, de acordo em que esta discussão fique adiada para a próxima sessão. Assim ficam inscritos e com a palavra reservada os Srs. Deputados Sousa Marques, Rui Machete, Veiga de Oliveira e Marcelo Curto.

O Sr. Marcelo Curto (PS):- Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado.

O Sr. Marcelo Curto (PS): - Eu apenas queria dizer que não estamos de acordo que numa questão como esta - cujo processo está em curso, uma vez que a greve se processará amanhã -, e tendo o Sr. Presidente pedido para sermos sucintos, os grupos parlamentares, se relativamente a ela quiserem tomar uma posição, não o possam fazer hoje sucintamente, como realmente desejamos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Veiga de Oliveira.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, tanto quanto possível e enquanto o Regimento não for uma simples floresta podemos cumpri-lo. E se esta é uma questão de palavras sucintas e se o Sr. Deputado Marcelo Curto pensa que sucintamente, isto é, num ou dois minutos, pode dizer o que tem a dizer, eu, pelo contrário, penso que preciso de bastante mais tempo que isso, pois que possivelmente terei de fazer protesto: e também possivelmente terei de dar explicações, etc. E dá-las-ei, e não será com certeza hoje, porque não pode ser prolongado o período de antes da ordem do dia e, portanto, terá de ser na próxima sessão.

O que se vai passar amanhã não é aquilo que foi levantado nesta Câmara. A questão é outra, não veio para esta Câmara nem veio aqui para ser discutida. O que está em causa é que foi levantada uma questão que já foi abordada nesta Câmara.

O Sr. Presidente: - Peço desculpa de o interromper, mas o Sr. Deputado não pode aproveitar para fazer uma Intervenção.

O Orador: - Em Julho do ano passado foi aqui aprovada uma lei que não foi cumprida. Há muitas questões em volta disto e, portanto, não é de forma sucinta que se põe o problema.

Pelo nosso lado, reservamos a palavra para a próxima sessão e pensamos que o período de antes da ordem do dia não pode ser prorrogado.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, de acordo com o Regimento, efectivamente, tenho de encerrar aqui o período de antes da ordem do dia, que não pode ser prorrogado porque já o foi uma vez esta semana.

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Rui Machete, tem V. Ex.ª a palavra.

O Sr. Rui Machete (PSD): - Sr. Presidente e Srs. Deputados: O problema levantado pelo Sr. Deputado Cunha Reis é realmente um problema extremamente sério, aliás é mais do que uma questão salarial e mais ainda do que um direito legítimo à greve por parte dos sindicatos. Trata-se naturalmente do problema da própria negociação colectiva na função pública - que esse é que é o problema verdadeiramente importante e não o problema de ouvir paternalisticamente os sindicatos. Essa questão não pode, obviamente, ser tratada em termos sucintos e parece-me que a Mesa, salvo o devido respeito, não, pode