O Sr. José Luís Nunes (PS): - Dá licença Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: - Para que efeito pede o Sr. Deputado José Luís Nunes a palavra?

O Sr. José Luís Nunes (PS):-Para um protesto, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Quero fazer um protesto contra as afirmações do Sr. Deputado Furtado Fernandes. Fá-lo-ei em termos que procurarei sejam sóbrios, porque há certas coisas que não justificam ama grande parida de tempo.

Estou cansado, bem como a minha bancada, de ouvir certas intervenções dessa bancada que...

Uma voz do PSD: - Nós também!

O Orador: - Acredito, Sr. Deputado, mas talvez aprenda qualquer coisa.

Risos do PSD.

O Sr. Deputado, sabe que água mole em pedra dura, tanto dá até que fura...

O Sr. Martelo de Oliveira (PSD): - Só que a água está deste lado e a pedra está daí.

O Sr. Carlos Robalo (CDS): - Muito bem!

O Orador: - Esses processos inquisitoriais de dirigir debatas políticos, qualificam o raciocínio inquisitorial que é, na verdade, deslocado para esta Assembleia.

É evidente que há pequemos e grandes inquisidores, assim como há pequenos homens e grandes homens, assim como há pequenos raciocínios e grandes raciocínios, assim como há pequemos discursos e grandes discursos.

Uma voz do PSD: - O seu é grande?

desafio posto pelo projecto de lei em relação às empresais em autogestão.

É uma vitória da coligação; é, sobretudo, uma vitória do Governo.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Furtado Fernandes, presumo que para um contraprotesto.

O Sr. Furtado Fernandes (PSD): - Assim é, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Começaria por dizer que o Sr. Deputado José Luís Nunes deturpou o que ou disse em relação à intervenção do Sr. Deputado Rui Marrana. Eu não disse que a intervenção do Sr. Deputado Rui Marrana era contra os projectos de lei do PS.

Uma voz do PS: - Olhe que disse!

O Orador: - O que eu disse é que essa intervenção não se repontava aos projectos de lei do PS.

O Sr. Carlos Robalo (CDS): - Para a outra vez, pedimos-lhe que escreva.

O Orador: - Daí a razão de ser da minha pergunta. Se a intervenção do Sr. Deputado Rui Marrana fizesse um comentário aos projectos de lei do PS, eu não perguntaria), como é óbvio, qual era a posição do CDS face a esses projectos de lei.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Não é óbvio, não, Sr. Deputado.