seus agentes, e então é ver as forças reaccionárias, fascistas e não fascistas, agastadas em aproveitar demagógica e desonestamente tais actos e tentar virá--los contra as forças progressistas.

Queremos, além disso, Sr. Presidente e Srs. Deputados, aproveitar para apresentar os nossos votos de pesar à família do agente da Polícia Judiciária Jorge Augusto Carvalho, abatido a tiro durante esses acontecimentos.

Aplausos do PCP.

O Sr. Acácio Barreiros (UDP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Acácio Barreiros (UDP): - É para dar uma breve explicação em relação às palavras proferidas pelo Sr. Deputado do PSD, na sua declaração de voto.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado, naturalmente, quereria dizer um esclarecimento, porque a explicação não cabe neste caso.

Tem V. Ex.ª a palavra para dar um esclarecimento.

caça ao homem, de fazer justiça pelas próprias mãos, que ultrapassa, evidentemente, a acção da Polícia Judiciária, em que elementos provocadores estão a explorar o facto de se tentar envolver uma organização política e a pretender fazer deste facto um crime político para obter efeitos políticos sobre pessoas que, nos locais de trabalho ou no bairro onde vivem, são conhecidas como progressistas e que, como disse na minha declaração de voto, nada têm a ver com esta situação. Portanto, é este clima de histeria que ali se vive, que é grave, porque no Porto há actos de tentativa de linchamento de determinadas pessoas que não têm nada a ver com a acção judicial que o Sr. Deputado reclamou. Portanto, é neste sentido que nos abstivemos em relação a este voto.

Quanto à condenação do acto de criminalidade em si, penso que ficou inequívoco que a UDP o condena frontalmente.

O Sr. Presidente: - Estamos perto do fim do período da ordem do dia. Há ainda outro voto para apresentar, do Sr. Deputado Armando Bacelar, mas penso que seja curto.

Tem V. Ex.ª a palavra, Sr. Deputado Armando Bacelar, para proceder à apresentação do seu voto.

Assembleia de Freguesia que ele domina inteiramente. Longe de mim fazer reflectir nesse acto qualquer atitude da igreja católica, a quem pertencia o templo, porque, se é certo que o pároco agiu dessa maneira com os seus acólitos, a verdade é que um outro sacerdote, o padre Benjamim Salgado, tem precisamente no prelo uma obra de enaltecimento do valor artístico da igreja de Joane.

Actos desta natureza são muitas vezes produto mais de ignorância do que de má fé, mas bom seria que na formação dos sacerdotes fosse incluída a formação artística adequada para preservação dos valores culturais e artísticos, de alto interesse nacional, que estão entregues à sua guarda e protecção imediata.

Vozes do PS: - Muito bem!