palavra -, porque penso que seria correcto da parte do Partido Socialista, de se corrigir os termos em que o voto está redigido, na medida em que a conclusão não obedece às normas que são utilizadas em situações deste tipo, quando afirma que «o Grupo Parlamentar do Partido Socialista» etc., na parte final do seu voto.

É esta a ideia do Sr. Deputado Amaro da Costa?

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - É, sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Assim sendo, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente, intervenho apenas sobre a questão que o Sr. Presidente agora suscitou.

Na verdade, a praxe que foi estabelecida na conferência dos grupos parlamentares reporta-se apenas à votação. Só a votação é que pode ser adiada. Entretanto, na prática dos trabalhos da Assembleia, frequentemente se tem adiado a votação e a própria discussão. Isso tem sucedido porque os grupos parlamentares, na altura, não têm levantado a questão de fazerem de imediato a discussão.

No caso vertente, o meu grupo parlamentar considera de grande oportunidade a realização imediata da discussão, mantendo todo o nosso respeito pela praxe estabelecida quanto ao adiamento da votação, que foi, nos termos da praxe estabelecida, solicitada pelo Grupo Parlamentar do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Lage.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Sr. Presidente, queria apenas dizer que já se encontra redigida a parte final do voto, de acordo com as normas habituais.

Por outro lado, achamos, como já aqui foi dito, que só a votação é que é adiada, ao abrigo da praxe habitual, podendo os partidos pronunciar-se, nos termos regimentais, sobre o voto em apreço, se assim o entenderem.

De qualquer maneira, queremos ainda recordar que para amanhã não está prevista a existência de período de antes da ordem do dia. Devia começar-se com a discussão do Plano e Orçamento logo de manhã, isto por acordo entre os diversos grupos

parlamentares. Mas, como a manhã de amanhã vai ser consagrada à discussão da ratificação da lei orgânica da segurança social, pensamos que se deve fazer uma pequena reunião, no intervalo, dos grupos parlamentares, para se combinar a forma de se votar amanhã de manhã, num pequeno período de antes da ordem do dia, este voto que acabamos de propor.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Acácio Barreiros.

O Sr. Acácio Barreiros (UDP): - Sr. Presidente, apenas queria dizer que também entendemos que a votação deve ser adiada e devem pronunciar-se hoje os partidos que assim o entenderem e amanhã igualmente os que assim entenderem. 15to é, não é apenas a questão de se adiar a votação. Qualquer partido pode usar da palavra apenas amanhã, caso não o queira fazer hoje.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Vilhena de Carvalho.

O Sr. Vilhena de Carvalho (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: 0 meu partido não tem nada a opor ao que foi sugerido pelo Sr. Deputado Carlos Brito, no sentido de que os partidos que desejarem fazer hoje as suas intervenções as façam.

Todavia, desejava lembrar a VV. Ex.ªs que o requerimento feito pela minha bancada é no sentido de, invocando uma praxe parlamentar, ser adiada não apenas a votação, mas também a discussão.

Da nossa parte desejamos reservar o direito de intervirmos, ou não intervirmos, se assim o entendermos, na próxima sessão. 0 aceitar que a discussão se faça hoje não implicaria da nossa parte a renúncia ao adiamento da discussão da parte da nossa bancada.

O Sr. Presidente: - Vamos lá ver se nos entendemos.

Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito.

O Sr. Presidente: - Vou pôr à consideração da Assembleia.