Ercília Carreira Pimenta Talhadas.

Georgete de Oliveira Ferreira.

Hermenegilda Rosa Camolas Pacheco Pereira.

Jerónimo Carvalho de Sousa.

Joaquim S. Rocha Felgueiras.

Jorge do Carmo da Silva Leite.

Jorge Manuel Abreu de Lemos.

José Manuel Maia Nunes de Almeida.

José Manuel Paiva Jara.

José Rodrigues Vitoriano.

Manuel Duarte Gomes.

Manuel Gonçalves.

Manuel do Rosário Moita.

Maria Alda Barbosa Nogueira.

Raul Luís Rodrigues.

Severiano Pedro Falcão.

Zita Maria de Seabra Roseiro.

Independentes

António Poppe Lopes Cardoso.

Na bancada do Governo encontrava-se o Sr. Secretário de Estado da Segurança Social (Vítor Vasques).

O Sr. Presidente: - Responderam à chamada 152 Srs. Deputados.

Está aberta a sessão.

Eram 10 horas e 10 minutos.

O Sr. Presidente: - Atenção, Srs. Deputados, como bem se recordam, vamos continuar no ciclo dos contraprotestos em

relação ao voto de protesto apresentado ontem pelo PS. Já desistiram da palavra os Srs. Deputados: José Luís Nunes, António Esteves e João Luís Medeiros. Estão inscritos os Srs. Deputados Amândio de Azevedo e Cunha Leal.

Tem a palavra o Sr. Deputado Amândio de Azevedo.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Eu pedi a palavra ontem, e penso que fui dos primeiros Deputados a fazê-lo, para uma pergunta ao Sr. Deputado Carlos de Brito.

Entretanto, porque a palavra não me foi dada penso que, este já não é o momento azado para fazer, pelo que renuncio ao uso da palavra.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Cunha Leal.

O Sr. Cunha Leal (PSD): - É apenas para um breve contraprotesto, baseado pura e simplesmente no facto de me imputarem intenções que não tive.

Julguei eu que tinha sido inteiramente claro na minha intervenção e contudo o Sr. Eng.º Amaro da Costa, o Sr. Deputado Eng.º Amaro da Costa, parece não me ter compreendido e afirmou que, ele não estava disposto a servir de, moeda do agrado. Eu devo dizer ao Sr. Deputado Amaro da Costa que nunca fiz dele essa ideia, até porque sei que o Sr. Deputado Amaro da Costa, mesmo quando é desagradável, tem sempre nesta Casa, clientela assegurada para os seus sorrisos, para os seus dizeres ...

Uma voz do PS: - Para a sua bancada!

O Orador: -...para a sua bancada ...

0 que eu quis dizer tão-somente foi isto: é que por um lado é inalienável o direito de cada um exprimir livremente a sua própria vontade, o seu sentir, aquilo que entende dever expressar em cada momento. E o que eu quis dizer e afastar, estava implícito nas minhas palavras, é que se; o Sr. Eng.º Amaro da Costa não quer ser moeda e agrado, eu entendo que o Sr. Presidente da República não deve ser moeda de troco - num comércio de entendimentos políticos ...

Vozes do PS e PSD: - Muito bem!

O Orador: -... que deve por completo excluir-se.

Uma voz do CDS: - Muito bem!

O Orador: - Quanto ao Sr. Deputado Carlos de Brito, pessoa por quem eu teimo em dizer, aqui e em toda a parte', que nutro uma profunda simpatia ...

Vozes do PS: - Ah!

O Orador:- ..., a despeito do nosso antagonismo profundo, a despeito dos nossos modos de pensar no tocante a toda a conjuntura política nacional - o Sr. Deputado Carlos de, Brito sabe ...

Uma voz do PS: - Não é «de Brito»!

O Orador: -... que isto corresponde à verdade e isto lho tenho significado de longa data, a verdade, porém, é esta: é que o Sr. Deputado Carlos de, Brito veio aqui pôr em causa e ele explicitou não o nome de qualquer pessoa, mas quem quer que fizesse o ataque, ao Sr. Presidente da República. E eu devo dizer-lhe por tudo a quanto nós assistimos nesta Casa - e, não está nos meus hábitos referi-lo, mas tenho que, o fazer -, por tudo quanto nós já aqui vimos partindo da sua bancada, quanto ao, futuro de uma Constituição em parturejamento, quanto a, atitudes aqui tomadas no tocante a vários aspectos dessa mesma Constituição, quanto à própria pessoa do Presidente, da República quando, - por exemplo, veio a esta Casa no 1.º aniversário da Constituição ou até no acto do seu próprio empossamento, eu devo dizer-lhe, com toda a lealdade, Sr. Deputado Carlos do Brito, que, as suas palavras me pareceram a história de uma menina de, 5 anos, muito convencida, que conta a historieta do capuchinho vermelho a um senhor de. provecta idade.