Fundo, e teríamos já chegado a acordo há algum tempo.

Uma voz do PS: - Muito bem!

temente dessa polémica que já há pouco aqui travámos em termos, necessária e infelizmente, breves para podermos chegar eventualmente a conclusões - é o seguinte: é que, quaisquer que sejam as medidas e, portanto, a forma de reduzir o deficit a redução do deficit e a redução das importações em volume que ele implica não permite nunca evitar a moderação do crescimento económico, a moderação da despesa interna, e é uma política que acaba por assumir aspectos de austeridade e de sacrifício. E isso é que é o essencial, porque é evidente que há vários enquadramentos polacos para soluções técnica idênticas - isso está fora de causa.

O que penso quando sublinho a estreita margem que me parece existir em termos técnicos de discussão para a sedução dos nossos problemas, e o que quero sublinhar ao dizer isso, é que não há justificação para, reconhecendo essa margem estreita, reconhecendo que o problema da redução do deficit não pode ser feito sem sacrifícios, embora, po r vezes, as alternativas de alguns possam parecer alternativas mágicas que permitiriam evitar os sacrifícios. Mas não sendo assim, o que quero significar com isso é que não é permitida, em nome apenas do enquadramento político diferente, fazer afirmações que permitam o aproveitamento e a capitalização do descontentamento perante a austeridade e os sacrifícios...

Uma voz do CDS: - Muito bem!

O Orador: - ... quando, reconhecidamente, se tem de aceitar objectivamente que esses sacrifícios serão sempre a componente de qualquer política, quaisquer que sejam as formam que ela assuma, que tenha como objectivo reduzir, efectivamente, o deficit e, portanto, salvaguardar em melnores condições a independência nacional.

Aplausos do PS e do CDS.

O Sr. Magalhães Mota (PSD): - Sr. Presidente, dá-me a palavra?

O Sr. Presidente: - Para que efeito é que o Sr. Deputado pede a palavra?

O Sr. Magalhães Mota (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para dar esclarecimentos.

O Sr Presidente: - Não está previsto neste nosso Regimento feito pelos grupos parlamentares essa figura regimental, comum, genérica, mas dado que o Sr. Deputado não gastou os quinze minutos e tem três minutos, certamente, que a Câmara não se importará que uíiMfce esses três minutos para dar os seus esclarecimentos.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Agostinho do Vale (PS): - E ainda se pode aprender mais um bocadinho...

Ministro terá incontido, no mesmo defeito, embora não com uma intervenção escrita, porque, efectivamente, a referência a discursos vagos e que procuram centrar a discussão sobre outros pontos aplicava-se inteiramente, por exemplo, à intervenção do seu camarada António Guterres.

Uma voz do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Quanto à questão do Fundo de Desemprego gostaria que esse ponto ficasse esclarecido porque ele preocupa bastante os trabalhadores e gostaria que fosse exactamente precisada qual a quantia orçamentada e a quantos trabalhadores corresponde essa quantia orçamentada durante oito meses. É uma questão que deve ficar clara.

Quanto à taxa de inflação, é evidente, que acreditamos nas intenções, mas o que podemos pôr em dúvida é a possibilidade de realização dos objectivos que são programados. Efectivamente, beneficiamos nesse facto de poder aduzir que os objectivos programados para o ano de 1977 não foram minimamente alcançados em nenhum sector.

Quanto à eficácia das medidas monetárias, gostaria até de perguntar sã não é verdade quo no final do ano não terá havido também um agravamento em relação à evolução normal do deficit.