essas conclusões técnicas e concretas que lhe tinha pedido Sr. Deputado.

A Sr.ª Hermenegilda Pereira (PCP): - Leia o livro, Sr. Deputado!

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Eu até lhe vendia o livro, Sr. Deputado!

O Sr. Presidente: - Há um pedido de palavra do Sr. Deputado António Guterres.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - O Sr. Deputado António Guterres tem muito tempo!

O Sr. António Guterres (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputado:: É manifesto que o Partido Socialista não deseja gastar tempo do Partido Comunista. As nossa;, intervenções, seja qual for o artigo, do acordo estabelecido para a discussão ao abrigo da qual forem feias, desejaríamos que fossem sempre descontadas no nosso próprio tempo.

Vozes do PS: - Muito bem!

A Sr.ª Hermenegilda Pereira (PCP): - São três vezes 180!

O Sr. Presidente: - Os senhores resolvam como quiserem, que para mim é completamente indiferente. Se quiserem responder, respondam; se quiserem interromper interrompam. Estou aqui disposto simplesmente a dirigir os trabalhos o melhor que posso.

Aplausos do PCP.

Risos do PS.

O Sr. Presidente: - Em que é que ficamos quanto ao tête-à-tête

Guterres-Carvalhas?

O Sr. António Guterres (PS): - Sr. Presidente, eu pedia a palavra para esclarecimentos, se fosse possível.

O Sr. Presidente: - Se o Sr. Deputado Carlos Carvalhas consentir não há problema nenhum.

Vozes imperceptíveis dos Srs. Deputados Veiga de Oliveira (PCP) e Carlos Brito (PCP).

O Sr. Presidente: - Admito que V. Ex.ªs estejam a dizer coisas muito acertadas, mas peço desculpa pois não percebo nada. Só vejo gestos, gestos e mais gestos...

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, este Regimento é especial. E foi visto neste Regimento especial que várias limitações eram estabelecidas. Uma delas é ao tempo de uso da palavra. Foi também visto que não haveria possibilidades de nenhuma intervenção excepto aquelas que se façam nos termos dos artigos 92.º e 94.º do Regimento, que são aquelas que são utilizadas para protestos ou para invocar o Regimento. Em tudo o mais, qualquer que seja a situação, o Deputado que falar é pelo tempo do seu partido. Isto é aquilo que foi acordado, é o Regimento que está em vigor para esta sessão e portanto há lugar para todas as interrupções com a condição de que quem Mar conta no tempo do seu grupo parlamentar.

O Sr. Presidente: - Salvo o devido respeito, o Sr. Deputado disse precisamente aquilo que eu estava a dizer. Nem se está a proceder de outra maneira. Mas, se toda a Câmara quiser adoptar o sistema de não haver interrupções, pois muito bem, assim se fará. Para mim é completamente indiferente, Fica a certeza, porém, de que as interrupções serão contadas no tempo do Deputado interpelante.

Admito qualquer sugestão, mas o meu pensamento é este.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente, é só para esclarecer que entendemos que é muito positivo que se verifiquem interrupções e que esta é uma forma de debatermos de- um modo vivo as questões que aqui nos ocupam e que são da maior importância para o País. Não há do nosso lado qualquer tentativa de fugirmos a este diálogo vivo e concreto com o pretexto do tempo.

O Sr. Carlos Robalo (CDS): - Muito obrigado!...

O Orador: - Bem, mas o tempo é um problema, e naturalmente que os partidos que apoiam o Governo, porque certamente farão um menor número de intervenções, digamos, desfrutam de uma margem de tempo bastante maior.

Nesse sentido, estamos disponíveis para continuar este diálogo vivo como agora fizemos, mas queremos dizer que cada intervenção dos partidos que apoiam o Governo deverá ser registada no seu tempo e não no nosso tempo, porque se não a nossa possibilidade de intervenção fica muito reduzida, tanto miais que, ao que parece, o outro partido da oposição está bastante silencioso...

Risos do PCP.

...e o debate está a verificar-se entre o 'PCP e os partidos que apoiam o Governo.