O Orador: - Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Presidente: - Peço atenção, Srs. Deputados, pois já está ultrapassado em dois minutos o nosso horário.
O Sr. Manuel Proença (PS): - Peço desculpa, Sr. Presidente, mas é só uma pequena informação.
Os fornos quando arrancam não ficam a trabalhar em pleno por vontade de Deus. Demoram um cento tempo a estabilizar o seu funcionamento. Se o Sr. Deputado não sabia isto, estou a informá-lo.
O Orador: - V. Ex.ª o disse: não é por vontade de Deus, é por vontade dos homens.
Aplausos do CDS.
Uma voz do PS: - Palmas para a Imprensa!
O Orador: - Quanto à garantia do preço do cimento, parece que já informei o Sr. Deputado Sousa Marques de que pode fazer-se a mesma garantira do preço de cimento em todo o território, o que, aliás, foi já sugerido pelo meu colega de bancada Nuno Abecassis e foi contestado por essa bancada. Hoje a CP, que era uma sociedade privada, é nacionalizada. Havendo muitas mais empresas nacionalizadas, é muito mais fácil fazer essas combinações do que era antigamente. E antigamente conseguia-se, como eu já disse, por exemplo com o adubo; hoje não se consegue não sei porquê.
Quanto à diferença entre o cimento e a energia eléctrica,, é a seguinte: é que enquanto o cimento sai num saco da fábrica e chega num saco a Bragança, a energia eléctrica, como o Sr. Deputado sabe, e se não sabe fica a saber, tem perdas em linhas. A energia produzida no Nordeste não chega toda ao seu destino. A diferença é esta.
Aplausos do CDS.
O Sr. Presidente: - Encontra-se na Mesa um requerimento do Grupo Parlamentar do PCP, de acordo com o Regimento, pedindo o prolongamento deste período de antes da ordem do dia.
Vamos passar à votação deste requerimento.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Carlos Robalo, faz-me o favor de dizer para que efeito pede a palavra.
O Sr. Carlos Robalo (CDS): -Sr. Presidente, permita-me que dê uma explicação ao Sr. Deputado Sousa Marques.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado pede com tão bom modo que eu tenho dificuldade em dizer que não.
Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos Robalo (CDS): - Eu, efectivamente, peço com bom modo porque o Sr. Presidente é uma pessoa correcta e eu costumo ser correcto para as pessoas correctas.
Vou ser muito sintético, pois só queria dizer ao Sr. Deputado Sousa Marques que estranhei que ele, um engenheiro com um currículo, com certeza largo, de trabalhos na Siderurgia, tenha feito uma pergunta sobre aspectos globais de distribuição.
Queria ainda dar um esclarecimento ao Sr. Deputado Sousa Marques, que é o seguinte: se estiver interessado, eu posso indicar-lhe vários caminhos para resolver problemas gerais de distribuição. Isto, logicamente, não tem cabimento num plenário e demoraria imenso tempo, porque exige vários estudos, sendo de facto da responsabilidade das empresas produtoras. Os esquemas são impostos, sugeridos, postos em prática pelas empresas produtoras e, neste caso especial, por empresas localizadas em várias zonas do País e todas elas nacionalizadas.
Portanto, se o Sr. Deputado mantiver o interesse em saber as propostas globais, eu posso dar-lhe algumas sugestões e indicar-lhe alguma bibliografia para resolver o problema.
O Sr. Carlos Brito (PCP): - O Robalo é que sabe!
O Sr. Presidente: - Como está prolongado o período de antes da ordem do dia, poderá usar da palavra um Deputado de. cada grupo parlamentar.
As inscrições estão abertas.
Tem a palavra o Sr. Deputado Sousa Marques.
O Sr. Sousa Marques (PCP): - Desejaria fazer uma intervenção de 5 minutos, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Sousa Marques (PCP): - A resposta ao Sr. Deputado Carlos Robalo ficará para a Comissão de Economia ou ali para os Passos Perdidos.
O Sr. Carlos Robalo (CDS): - É precisamente onde estes assuntos são tratados.
Secretarias de Estado do Comércio Externo e dos Transportes e Comunicações para a «grande saída de divisas do País» (síc) caso