Não vou classificar uma tal atitude; mas o povo português, que dela teve conhecimento, seguramente que já o fez.

O Sr. Ministro Almeida Santos afirmou que os acontecimentos de Ponta Delgada deviam ser matéria para reflexão. Pela nossa parte, esperamos que eles sirvam de matéria de reflexão ao Governo para, que de uma vez por todas e rapidamente, se ponha termo à situação que se vive; se assegure a legalidade democrática nas Regiões Autónomas; se ponha fim às actividades de uma minoria que, sob a bandeira da independência, procura manipular as populações das Regiões Autónomas, procura esconder os seus verdadeiros propósitos de defesa dos privilégios que foram postos em causa com o 25 de Abril e os seus propósitos de retorno ao antes do 25 de Abril E «staff minorias não podem ser confundidas com as populações das ilhas atlânticas.

Os acontecimentos de Ponta Delgada, já aqui foi dito pelo Sr. Deputado do Partido Socialista, não podem ser minimizados. Não podem ser minimizados nem considerados isoladamente. Eles têm de ser vistos e enquadrados na ofensiva a que assistimos hoje, por parte da direita em todo o território nacional, nas actividades desenvolvidas, com demasiada complacência por parte das autoridades, em todo o território nacional, palas forças da direita e da extrema-direita.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Finalmente, queria exprimir, aqui, a nossa solidariedade para com o Sr. Ministro Almeida Santos e para com todos os militantes do Partido Socialista que o acompanhavam e que foram vítimas da agressão.

Essa solidariedade tem raízes profundas que, na maior ponte dos casos, vêm de um passado comum de luta antifascista e justifica-se por um apego comum à democracia e à liberdade.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador - Queríamos afirmar a um e a outros que podem contar com a nossa solidariedade activa sempre que a liberdade e a democracia estejam em causa.

Essa soilidariedade em tomo da defesa da democracia e da liberdade deve ser o cimento que deve unir todos aqueles que no passado lutaram contra o fascismo e que hoje lutam contra a ofensiva da direita; deve ser a garantia de que as instituições democráticas não serão postas em causa.

Aplausos do PS, PCP, UDP e dos Deputados independentes.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Meneres Pimentel.

mencionou determinados factos terminando por fazer essa afirmação de cumplicidade do Governo Regional, designadamente do chefe do Governo.

Evidentemente que protestamos contra essa afirmação...

Uma voz do PS: - É o vosso papel!

Policia Judiciária dependam do Governo Central. Evidentemente que, ao Governo Regional, em tais actos, compete criar, através da sua acção, condições para que se não avolumem estes aforamentos que, conforme aqui foi reconhecido pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista, constituem uma minoria. E se assim é, isso representa um louvor à acção do Governo Regional, que governa porque - conforme já aqui foi dito - a maioria esmagadora do povo açoriano votou no partido que detém esse Governo.

O Sr. Guerreiro Norte (PSD): - E há-de votar!

Uma voz do PS: - Foram enganados!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Sr.ª Deputada Carmelinda Pereira.

A Sr.ª Carmelinda Pereira (Indep.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Como socialista, é evidente que