O Sr. Lopes Cardoso (Indep.): - Não, Sr. Presidente, não é propriamente para um contraprotesto, mas sim para uma explicação, se é que ela é necessária.

Eu diria que o Sr. Deputado José Luís Nunes não tinha razões para perder tanto tempo a demonstrar o que é óbvio. Aliás ele começou por reconhecer isso mesmo.

É evidente que não comparo, não comparei nem compararia o Governo Português ao Governo Argentino, a situação em Portugal à situação na Argentina. Isto é mais que evidente. O Sr. Deputado José Luís Nunes fez-me a justiça de o reconhecer e, ao fazê-lo, esvaziou de conteúdo o seu próprio protesto.

O que eu comparei foi a diferença de critérios e de argumentação utilizada em relação a dois casos, o que é completamente diferente. É evidente que não cairia nesse sectarismo absurdo, irresponsável e incoerente de comparar o Governo Português ao Governo Argentino.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Acácio Barreiros.

O Sr. Acácio Barreiros (UDP): - Sr. Presidente, se me desse licença, preferia aguardar que o PCP se pronunciasse sobre as propostas de alteração,' para saber que voto na verdade é que estamos a discutir.

O Sr. Presidente: - Fica então com a palavra reservada. Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Roseta.

não eram, disso não duvido, membros do vosso partido.

Nós, efectivamente, não podemos votar favoravelmente algo que não vem na sequência do vosso espírito e que condena apenas uma das partes. Portanto sugeria, a seguir a «violência fascista», este aditamento: «e outras violências totalitárias». Gostava de saber se era aceite, porque efectivamente verificaram-se outras violências e o Grupo Parlamentar do PSD tem, pela voz de numerosos Deputados, incluindo eu próprio, repudiado o maniqueísmo e não pode condenar apenas uma das partes - aqui nem se trata de uma condenação, é, sim, a manifestação de uma repulsa por actos apenas de uma das partes.

O Sr. Presidente: - Mais alguém deseja usar da palavra antes do Sr. Deputado do Partido Comunista?

Pausa.

Tem então a palavra o Sr. Deputado Severiano Falcão.

e a votação se faça ponto por ponto, sugestão que aceitamos.

O Sr. Presidente: - Mais alguém deseja usar da palavra?

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - O Sr. Deputado não se referiu à minha proposta.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, será melhor fazermos agora o ponto da situação quanto às alterações que foram propostas ao voto e as que foram ou não aceites.

Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Nunes.

O Sr. José Luís Nunes (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Para simplificar este ponto e para as coisas poderem ter uma coerência lógica, proporíamos que o ponto 6 ficasse assim redigido: «Exprime o seu pesar pela morte do estudante José Jorge Morais, lamentando as graves consequências da violência de que foram vítimas outros cidadãos.» Isto corresponde ao nosso desejo de uma rigorosa expressão do nosso pensamento e penso que não trai aquilo que o Sr. Deputado Severiano Falcão acabou de dizer em nome do PCP.