enfeudamento e dependência de Portugal à Europa dos monopólios

A Sr.ª Ercília Talhadas (-PCP): -- Muito bem!

O Orador - Exige acordos e. sistemas de compensação

e novas linhas de crédito' Exige finalmente, como condição indispensável, a participação, activa e criadora dos 'trabalhadores portugueses'

0 Sr' Vital Moreira (PCP): - Muito bem!

Vozes do PC-P: - Muito, bem!

O Orador: - Mas uma alternativa democrática 'só é possível com democratas, e não com reaccionários. Só é possível com os trabalhadores e com as massas populares e não com os capitalistas, agrários e imperialistas

Aplausos do PCP.

0 Sr- Presidente: - Para uma intervenção. tem a palavra o Sr. Deputado Acácio Barreiros'

to são e

estas as profundas preocupações que afligem os

Portugueses Mais do que a passagem. ou queda imediata do III Governo, é a estes problemas que' é preciso responder.

Que incidência teria - na vida - nacional a subsistência do Governo de Nobre da Costa? Que alternativas apontam?

Sr. Presidente, Srs. Deputados: A UDP rejeita firmemente. Nobre da Costa, porque este iria

prosseguir, e agravar o rumo antipopular da vida nacional, isto é, a política, dos anteriores Governos.

A desilusão do povo neste Parlamento e, nos paridos que até hoje asseguram os destinos do País é manifesta e justificada'

Mais qual a origem dessa desconfiança?

Em eleições sucessivas - para a Constituinte, para esta Assembleia - para as autarquias locais-- o voto popular derrotou largamente a direita reaccionária

0 PPD e o -CDS ficaram claramente minoritários Os seus programas foram rejeitados pela maioria do povo. Singularmente, porém, são os, seus programas que têm vindo a ser progressivamente e aplicados ,' pelos sucessivos Governos, foi com o PPD e, com o CDS que- se, aprovaram as leis mais reaccionárias, e são os seus programas que o Governo de Nobre da Costa retoma ainda com maior e mais

descarada fidelidade.

0 Sr- Fernando Costa (PSD)- Antes fosse!

O Orador: - 0 povo 'português votou maioritariamente n o -PS, -PCP e UDP - partidos que se apresentam identificados no, 25 de Abril, com a Constituição e o seu projecto Socialista -

0 Sr- Fernando Costa ( PSD): - Onde é que estava a UDP?

O Orador: - Mas a política dos Governos foi, indo para a direita.

reaccionária que foi derrotada nas eleições.º

No campo de política económica procura prosseguir o endividamento ao estrangeiro, gastar verbas no pagamento das indemnizações; aos grandes capitalistas, restringir o crédito. Quer dizer, os problemas de fundo vão manter-se, a miséria vai aumentar, os preços dos bens essenciais vão continuar a subir

No que se refere à Reforma Agrária, e como já dissemos, intenta prosseguir os ataques às cooperativas e UCPs. Em dois: sentidos se orienta pois, o Governo.: fazer desocupações pela força e inviabilizar as explorações colectivas - Quer dizer: a produção agrícola vai baixar, o desemprego vai aumentar no Alentejo, com os consequentes aumento dos preços do bens essenciais

e o aprovar da nossa dependência face ao estrangeiro.

No que se refere à política social o Governo limita-