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A prática aí está a - demonstrá-lo. 0 PS tem já, e o povo. também, a experiência concreta do que é tentar concretizar este imperativo popular e constitucional em aliança contranatura de uni partido democrático com um partido reaccionário.
Aplausos do PCP.
No entanto, não queremos deixar de afirmar que se o PS quer verdadeiramente concretizar uma reforma tão profunda como é o Serviço Nacional. de Saúde - terá de fazê-lo neste campo, como em todos os outros que visem dar satisfação aos interesses do povo trabalhador, não com espúrias alianças à direita, como está à vista, - mas no entendimento e na aliança com as forças de esquerda, com os trabalhadores, com o PCP e outros sectores autenticamente democráticos.
Aplausos do PCP c, do Deputado do PS Herculano Pires.
O Sr. Presidente: -Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Robalo.
O Sr. Carlos Robalo (CDS):- Sr.ª Deputada Zita Seabra, não vou fazer um protesto, mas fiquei um tanto admirado com a sua intervenção, porque não consegui enquadrá-la.
Risos do PCP.
O Sr. Carlos Brito (PCP): -Não admira ...
O Orador. - Agrada-me ver esse seu apoio, Sr. Deputado Carlos Brito, que vai além do apoio de Deputado. Agrada-me francamente.
Dá-me ideia de que seria preferível ouvido um pouco mais, até porque, como líder e presidente de um grupo parlamentar, tem outro grau de responsabilidades que advêm das hierarquias.
o Sr. Carlos Brito(PCP): - Oh! Sr. Deputado, mas tenho direito ao humor!
O Orador: - Com certeza, Sr. Deputado. Sabe que, uma das coisas que mais - me agrada é o humor! Ainda que. por vezes seja o humor negro, da bancada do Partido Comunista. Em especial, é algo que a mim me agrada ver o humor colectivo, ...
... até porque tem um ar de comandado que enternece.
Risos do CDS.
Mas queria apenas tirar uma dúvida com que fiquei da intervenção da Sr.ª Deputada Zita Seabra.
Não entendi se efectivamente a intervenção da Sr.ª Deputada pretendia apoiar o Governo, se pretendia criticar o Governo ou se pretendia apoiar o Sr. Deputado António. Arnaut na sua - condição de anterior Ministro dos Assuntos Sociais.
Outra dificuldade que tive foi que não consegui, de facto, entender a sua intervenção como integrada
nestas sessões de apresentação de um programa de governo e discussão do - mesmo. V. Ex.ª fez uma intervenção localizada no CDS, entendendo possivelmente que o CDS é o governo ou o antigoverno. 0 que é que estamos aqui a fazer?
O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Essa é uma boa pergunta para os senhores!
O Orador: - Não, não! 0 que pergunto é o que a Sr.ª Deputada aqui esteve a fazer. É a minha grande dúvida, o que não é normal nas intervenções da Sr.ª Deputada Zita Seabra, que normalmente entendo, que vejo bem enquadradas e que normalmente aprecio', ainda que discordando.
O Sr. Presidente: - Pode responder, Sr.ª Deputada Zita Seabra.
A Sr.ª Zita Seabra (PCP):- Sr. Deputado, não me aflige nem me preocupa muito que não tenha entendido a minha intervenção, porque não estava a falar para o Sr. Deputado.
Aplausos do PCP e protestos do CDS.
Estava a falar para o povo português e não para
a bancada do CDS, muito menos para o Sr. Deputado Carlos Robalo.
Vozes do PCP:- Muito bem!
O Sr. Carlos Robalo (CDS):- Isso não é democrático, Sr.ª Deputada.
O Sr. Presidente:- Tem, a palavra para uma intervenção o Sr. Deputado António Campos.
Esta virtude clarificadora, em termos de produção deve ter sido um amargo de -boca para demagogos irresponsáveis ou vendedores de ilusões que, apesar de terem sido - os coveiros do sector durante gerações e gerações, faziam -crer que os tecnocratas tinham uma varinha de condão, e que por artes mágicas o que não 'foi possível resolverem séculos se resolvia agora em meses ou em pouco tempo.
Vozes do PS: -Muito bem!
O Orador:- Apesar da competência técnica do Ministro, que - pessoalmente reconheço, ontem ficou