por uma razão, Srs. Deputados: não está em questão o factor primário da beterraba que é o açúcar, de que eu poderia quase, e sem receio de que me injuriem, dizer mesmo que não é o produto básico da beterraba, uma vez que o seu produto básico são os subprodutos. A título de meditação apenas, faço notar que na Europa dos Nove, na formulação de rações para gado, a entrada de cereais anda à volta de 45% e em Portugal anda à volta de 60% a 70%.

Quanto à linha de crédito PL 480, Sr. Deputado, está neste momento a ser regulamentada. Já saiu ou vai sair num destes dias mais próximos uma portaria no sentido de disciplinar o sector da utilização das verbas hoje a PL 480 realmente traz para o País. Aquilo que a PL 480 tem vindo a realizar é que uma parte dos seus dinheiros tem sido canalizada para o investimento de determinados sectores, embora seja convicção da actual equipa do MAP que parte, se não a sua grande totalidade, terá de ser orientada ou dirigida para apoio ao pequeno e médio agricultor.

Volto às interrogações que me foram feitas, respondendo ao Sr. Deputado Lino Lima que não queremos usurpar do Poder Judicial e se realmente algumas faltas foram cometidas é através do Poder Judicial que se vai demonstrar se a equipa do MAP é ou não responsável por aquilo que se fez.

Ao Sr. Deputado Vítor Louro vou ter muito interesse em escutar os números relativos às cooperativas. Simplesmente, também vou dizer a esta Câmara que o Ministério da Agricultura e Pescas, hoje mesmo, fez seguir uma informação para a imprensa escrita e falada sobre números apresentados pela reunião dos sindicatos da Reforma Agrária.

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Essa está boa...

O Orador: - Voltamos novamente à mesma tecla: a realidade dos números, vistos de um lado com uma determinada óptica, do outro vendo-se exclusivamente como números que são e não como back-ground ideológico que suporte esses mesmos números.

Vozes do PSP e do CDS: - Muito bem!

O Sr. Vítor Louro (PCP): - Isto não é ideologia, é agricultura. O Sr. Ministro é isento ideologicamente ...

O Orador: - Se assim não for, há uma actividade judicial neste país para o provar.

Sr. Deputado António Campos, quanto ao cumprimento dos despachos, já tive ocasião de dizer o que se passou. Quanto ao plano de investimento, esse faz parte do projecto que, quando o Plano e o Orçamento forem discutidos, se poderá já dar não aquilo que na sua comunicação foi posto quase como um desejo mitológico, mas o aparecimento de um programa de desenvolvimento agrário integrado, de que se vem a falar há muito tempo. Seja como for, neste Programa já se começa a mostrar ao País que os planos existem e se vão executar.

Sr. Deputado Carvalho Cardoso: quanto ao IFADAP, devo dizer-lhe que só agora foi regulamentado - deve estar a aparecer no Diário da República a sua regulamentação- e tranquilizá-lo, dizendo-lhe que o IFADAP é um veículo do MAP, e não uma organização independente do MAP.

O Sr. Carvalho Cardoso (CDS): - Muito bem!

rvalho Cardoso que há uma coisa em que o MAP é intransigente neste momento: a política destes organismos tem de estar sincronizada com a política do MAP. Todavia, quanto à sua estrutura talvez que, por fases, possa vir a passar para o Ministério da Agricultura e Pescas.

Penso que mais importante do que dizer onde está ou fica a es suturara é definir o seu papel. Aliás, a sua actuação tem de estar perfeitamente coordenada com as unhas de orientação do programa do MAP para 1979.

Quanto à Lei das Indemnizações, Sr. Deputado Carvalho Cardoso, vamos cumpri-la. E nos aspectos em que possa suscitar determinado grau de discussão, esta Assembleia terá ocasião de sobre ela se pronunciar, aprovando ou reprovando aquilo que o Governo fizer.

O problema da cortiça é um problema mais complexo e, neste momento, no MAP, está-se a elaborar um livro que não chamaria branco mas negro, sobre o problema da cortiça desde o seu começo. É que toda a actividade nacionalizada ou pertencente