cimentos noutras localidades. O importante é que a partir de agora todas as forças políticas, sociais, económicas e culturais tomem um efectivo empenho na concretização e consolidação de mais este centro do aprender, do investigar, do saber e do crescer.

O que é preciso, ao fim e ao cabo, é que todas as forças representativas saibam estar à altura das necessidades e aspirações da população algarvia, a quem se fica a dever, em primeiro lugar, a conquista da Universidade do Algarve. Uma população pertinaz e sagaz, desde sempre abandonada a si própria, mas que nem por isso deixou, e jamais deixará, de lutar pelo crescimento e desenvolvimento a que o Algarve tem direito, não se subordinando por isso a quaisquer jogos políticos ou oportunismos de poder, antes procurando salvaguardar a sua cultura e potencialidades naturais como suporte indispensável de um futuro que todos estão dispostos a construir na base do progresso e da justiça.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Zita Seabra (PCP): - Sr. Presidente, peço a palavra para um protesto.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Sr.ª Deputada Zita Seabra para formular um protesto.

da parte do Sr. Deputado citar que o PCP apresentou uma proposta que, contrariamente à criação da Universidade, pretendia criar o Instituto Universitário. Sr. Deputado, nós dissemos em Comissão que deveriam aí ser analisadas as consequências concretas de uma ou de outra proposta, que de um ponto de vista prático nos pareciam idênticas, e que para o PCP era igual que no texto do projecto de lei viesse o termo Instituto Universitário ou Universidade do Algarve.

Por último, Sr. Deputado, quero só referir que esta sua posição é tanto mais demagógica quanto é certo que a proposta de criação do Instituto Universitário é do PSD, que no seu projecto inicial, apresentado aqui a Plenário da Assembleia da República e votado na generalidade, diz: «[...] é criado o Instituto Universitário do Algarve, com sede em Faro».

Francamente, Sr. Deputado, isto é demagogia barata!

Risos do PCP.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP):- É excessivo!

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Vitorino para um contraprotesto.

O Sr. José Vitorino (PSD): - É que não podia deixar de responder à Sr.ª Deputada Zita Seabra, Sr. Presidente.

Em relação à questão que a Sr.ª Deputada levantou ...

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Essa do Instituto Universitário é boa!

O Orador: -... nós ouvimos calma, educada e democraticamente.

Vozes do PSD: - Muito bem!

Risos do PCP.

O Orador: - Relativamente à questão do tempo que decorreu entre a discussão na generalidade e a votação na especialidade, tenho a esclarecer que aconteceu tal como descrevi e que o PSD na altura teve oportunidade de ir à Comissão pôr o problema, muito claramente, da necessidade e da urgência de discutir o assunto. Não há, portanto, aqui qualquer demagogia, foi um facto. Não referi, como é óbvio, outras oportunidades em que se acelerou, relativamente, o processo. O que há a assinalar são os factos que aqui disse e, como é evidente, o que aqui não referi é porque não tenho críticas a fazer. Caso contrário, muitas mais teria feito.

Quanto a não ser curial analisar o resultado das propostas, tenho a dizer-lhe que o saber se é ou não curial isso seria um problema que teria muito que discutir. O que é facto é que se fazem e discutem propostas e que quem as faz assume as suas responsabilidades e, como tal, não tem que temer que aqui se diga qual a proposta que fez. Com certeza que se o PCP propôs - já na fase final - que fosse Instituto Universitário, e não Universidade, tem de assumir a sua responsabilidade.

A Sr.ª Zita Seabra (PCP): - Não é verdade!

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Que aldrabice!

Vozes do PCP: - Ah!!!

O Sr. Vital Moreira (PCP): - É pouco prudente!

O Orador: - Eu já tinha respondido a essa questão na Comissão e também na intervenção de fundo que aqui produzi aquando da discussão na generalidade, em que esse problema foi abordado.

O Sr. Vítor Louro (PCP): - Foi gralha!