equilíbrio entre as forças mundiais, a partir do qual seja possível realizar o efectivo e paritário desarmamento entre as grandes potências.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Muito bem!

O Orador: - Esperamos que, a para e a justiça sejam objectivo cada vez maior nas relações entre as nações e regozijamo-nos, portanto, com estes trinta e três anos das Nações Unidas.

Aplausos do CDS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Sérvulo Correia, faça o favor.

Quando ela tiver capacidade para o fazer ter-se-á alcançado aquele objectivo que salientou o saudoso Papa Paulo VI quando' usou da palavra perante o Plenário da Assembleia das Nações Unidas, ao dizer que um dia viria em que dali poderia nascer um governo mundial, um governo que, sem prejuízo da independência das nações, assegure que a riqueza do mundo não estará concentrada apenas em algumas zonas, que a paz será mantida e que todos os povos verão plenamente realizadas as condições para a respectiva autonomia.

O meu partido defende também, no seu programa e pela sua acção, a política de desarmamento - aliás imprescindível para que à satisfação de necessidades humanas possam ser atribuídos monumentais recursos hoje gastos em instrumentos que poderão ser instrumentos de morre. No entanto, não alinhamos inocentemente em campanhas contra o armamento que mais não são do que instrumentos de uma das superpotências em confronto. O desarmamento terá de ser assegurado por mecanismos em útil laterais, terá de ter na base uma redução efectiva dos armamentos das duas superpotências e terá de ser objecto de controle internacional.

O Sr. Presidente: - Vamos passar à votação do voto de congratulação.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

O Sr. Tavares Loureiro (PS): - Peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Faça o favor.

O Sr. Tavares Loureiro (PS): - Desejava só lembrar que era nossa intenção, e com certeza a Mesa terá lambem essa intenção, sugerir que este voto fosse enviado ao Secretário-Geral da ONU.

O Sr. Presidente: - Há alguma oposição?

Pausa.

O voto aprovado será, pois, enviado ao Secretário-Geral da ONU.

Tem a palavra o Sr. Deputado Joaquim Felgueiras para uma declaração política.

O Sr. Joaquim Felgueiras (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Hoje, nos campos alentejanos e nas fábricas e serviços dos principais distritos industriais do País, os trabalhadores promovem uma jornada de luta e de solidariedade em defesa da Reforma Agrária, dos direitos e interesses dos trabalhadores, a legalidade democrática, ontem, das conquistam da Revolução de Abril, contra a arbitrariedade, o abuso de poder e a vidência, desencadeadas pelo Governo demitido, e designadamente pela equipa do MAP.

O Grupo Parlamentar do PCP manifesta aqui a sua saudação à determinação e ao espírito de sacrifício e responsabilidade dos trabalhadores da Reforma Agrária e à solidariedade activa de todos os trabalhadores que vêem na Reforma Agrária um dos principais esteios das restantes conquistas da Revolução e do regime democrático, um património comum de todo o povo português.

Aplausos do PCP.

A amplitude das paralisações que hoje têm lugar traduzem o justo repúdio levantado pela actuação ilegítima, ilegal e arbitrária da equipe do MAP e mostram mais uma vez a incompatibilidade entre uma política de recuperação capitalista e latifundista e a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, da economia nacional e do regime democrático-constitucional.

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Temos afumado e continuaremos a fazê-lo que algumas das decisões do demitido Governo do engenheiro Nobre da Costa são claramente incompatíveis com a natureza e limites constitucionais de um Governo cujo Programa foi rejeitado por esta Assembleia da República.

As medidas contra a Reforma Agrária e as desintervenções de empresas estão a criar agudas situações de conflito no terreno social, propícias a uma desestabilização política que seguramente não favorece a consolidação da democracia em Portugal e contraria o papel fundamental dos trabalhadores na recuperação da economia nacional.

Basta-nos, por agora, o exemplo da Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal e da Real Companhia Velha, que foram intervencionadas pelo Estado