das Faculdades fecharem-se-lhes porque não há uma estrutura que os acolha e que lhes permita porem-se ao serviço dos cidadãos portugueses.

São estes os problemas que têm de ser discutidos, o que não acontece, classificando-se o projecto de lei do PS como sendo o «projecto Arnaut-PCP» ou chamando-lhe qualquer outro nome. De resto, pouco interessa saber se o projecto de lei em discussão é o «projecto Arnaut» ou o «projecto Arnaut-PCP» - o que pretendo é que me demonstrem que ele está errado. Interessa-me muito mais isso do que a sua autoria.

Devo dizer-vos, Srs. Deputados, que se me convencessem que o projecto de lei do CDS era o melhor, votaria nele, embora fosse do CDS.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Grande avanço!

O Orador: - Não è a origem, mas sim a qualidade que me interessa. Mas, infelizmente, até agora, ninguém me demonstrou nada disso, em contrario, e era o que pretendia.

Aplausos do PS e do PCP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Eduardo Vieira.

O Sr. Eduardo Vieira (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Vou responder às perguntas feitas pelo Sr. Deputado Lopes Cardoso apenas pela muita consideração que me merece.

De outra forma não responderia, pois penso que a minha intervenção foi demasiado clara e evidente, pelo que as respostas ficaram ai implicitamente dadas.

Eu disse que não era verdade que em Inglaterra 987o dos doentes utilizassem o Serviço Nacional de Saúde. Disse que não era verdade e efectivamente não é. É óbvio que se poderá provar isto, da mesma forma que o Sr. Deputado António Arnaut também poderá provar o contrário. Portanto, tanto eu como o Sr. Deputado António Arnaut, directa ou indirectamente, teremos de o fazer. Pela minha parte, provarei durante a discussão na especialidade que isso é efectivamente verdade. Não tenho neste momento comigo a documentação necessária para o efeito, mas prometo fazê-lo.

O Sr. Agostinho de Vale (PS): - Afinal, é verdade ou mentira?

O Orador: - Eu disse que isso era mentira e portanto, implicitamente, estou a dizer que é verdade o que afirmei, ou seja, que não há 987o de utentes a servirem-se do SNS.

O Sr. Deputado Lopes Cardoso referiu-se também ao problema do numerus clausus. O PSD defende o numerus clausus, mas entendemos também o seguinte: não é com um Serviço Nacional de Saúde do tipo estatizante, como é o proposto pelo PS, que se conseguirá suprir o desemprego no País.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Entendemos precisamente o contrário. Só um sistema misto é que poderá criar mais postos de trabalho, maior motivação e, por essa forma, reduzir o desemprego neste país.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Fernandes da Fonseca.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos interromper os nossos trabalhos para o intervalo regimental. Está suspensa a sessão.

Eram 17 horas e 25 minutos.

Após o. intervalo, reassumiu a presidência o Sr. Presidente Teófilo Carvalho dos Santos.

O Sr. Presidente: - Está reaberta a sessão.

Eram 18 horas e 15 minutos.

O sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Vasco da Gama Fernandes.

horas da minha vida, prestando os auxílios que me foram possíveis, acompanhando e acarinhando alguns dos doentes. Tudo o que irei dizer resulta, pois, de uma espécie um bocadinho híbrida desta experiência, mas entendi que era meu dever, como Deputado e com esta