quecimento deste debate, não lhe farei qualquer pedido de esclarecimento.

No entanto, gostaria de dizer ao Sr. Deputado Jorge Leite e à bancada do Partido Comunista Português que os Deputados do Partido Socialista cumprirão o seu dever e que não têm razões para estarem inquietos com a alegada e pretensa falta de apoio por parte dos trabalhadores socialistas.

O Sr. Vítor Louro (PCP): - Olhe para a Lei Barreto, Sr. Deputado!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Leite.

O Sr. Jorge Leite (PCP): - Foi pena que o Sr. Deputado Sérgio Simões não referisse pelo menos uma das confusões que alega ter encontrado na minha intervenção, pois seria bastante útil que o tivesse feito.

Relativamente ao cumprimento do dever, Sr. Deputado, houve um aspecto que pretendi salientar muito claramente, pois aprovámos nesta Assembleia uma lei relativa ao direito de os trabalhadores participarem na elaboração da legislação do trabalho. De acordo com esta lei, e como o Sr. Deputado sabe, estes projectos de lei foram postos à discussão pública pela segunda vez e é claro o sentido em que se manifestaram os trabalhadores. Naturalmente que será esta Assembleia quem irá aprovar finalmente a lei, pois é ela o órgão legislativo.

0 que quis salientar é que aqueles que reclamam o direito de participação dos trabalhadores na elaboração da legislação do trabalho devem ser necessariamente sensíveis às posições assumidas pelos trabalhadores. Aguardemos até ao fim para vermos o grau de sensibilidade do PS ...

Aplausos do PCP.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Queria apenas dar um breve esclarecimento à Câmara, não se vá pensar que os trabalhadores se manifestaram organizadamente no que respeita aos projectos de lei em apreciação ...

Para que se fique consciente do sentido que têm essas declarações, importa saber quantos trabalhadores se manifestaram, que percentagem de comissões de trabalhadores existentes no País é que emitiram o seu parecer. Esta percentagem foi de certeza extremamente reduzida para que se possa falar aqui em pontos de vista dos trabalhadores.

É preciso ter-se em conta que não há um apelo a todas as comissões de trabalhadores para que estes se manifestem, mas apenas um direito e uma faculdade que, infelizmente, foi exercida por muito poucos trabalhadores. Deste modo, esse argumento que acaba de ser invocado pelo Sr. Deputado Jorge Leite tem de ser correctamente avaliado e justamente ponderado.

O Sr. Jorge Leite (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

àqueles que se pronunciaram e ao sentido em que o fizeram.

Aplausos do PCP.

O Sr. José Vitorino (PSD): - Essa é boa!

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Queria muito brevemente dizer que o número das comissões de trabalhadores que se pronunciaram foi de trinta e cinco ...

Vozes do PCP: - É falso!

O Orador: - ... e que o PSD não segue os métodos do PCP, porque não interfere na actividade dos trabalhadores.

Vozes do PSD: - Muito bem!

Protestos do PCP.

O Sr. Jorge Leite (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Jorge Leite (PCP): - Sr. Deputado Amândio de Azevedo, vou dizer-lhe duas coisas.

Em primeiro lugar, o PSD diz que não interfere na actividade dos trabalhadores. De facto, pode não interferir porque não tem neles qualquer influência ...

A Sr.ª Amélia de Azevedo (PSD): - Ai não?

O Orador: - Em segundo lugar, naqueles trabalhadores em que tem influência o PSD interfere e interfere muito bem. Interfere até mais do que deve, porventura como nenhum outro partido.

Vozes do PSD: - Essa agora!

O Orador: - Sr. Deputado, o PCP não tem o costume, como teve o PSD durante muito tempo, de trazer