dos estudos literários e linguísticos; a redução dos domínios a relacionar com as matérias principais; a falta de maleabilidade de cada plano de estudo, visível no pequeno numero de opções possíveis.

Já se referiram as limitadíssimas possibilidades de investigação que o diploma oferece, matando-se, assim, uma das missões essenciais da universidade juntamente com a iniciativa criadora de cada estudante.

Por outro lado, consideramos absurdo a aplicação integral do decreto referido aos alunos do 3.º ano e seguintes e o sistema de equivalências daí decorrentes. Alem do mais, sem esquecer a imensa confusão que dai resultaria, onde iriam parar os direitos adquiridos e as legítimas expectativas?

Como se tudo isto não bastasse, o MEC não ouviu as razões representativas das faculdades, o que não e posição inédita e o que nós sempre censurámos.

Que tem de bom este mau decreto? Em primeiro lugar, proporciona aos alunos estabilidade durante o curso e uma certa coerência interna dos planos de estudo. Em segundo lugar, transmite algumas novidades nas combinações de cursos de línguas e literaturas clássicas e modernas, quebrando o exclusivo das duplas português/francês, inglês/alemão e grego/latim, pela abertura a combinações diversas entre todas estas e outras línguas e literaturas, o que é mais consentâneo com as realidades culturais modernas.

Por último, elimina o actual estado de coisas em certas faculdades de Letras que, em caso algum, pode subsistir e que causou angústia e dramáticos problemas a estudantes sem conta Os estudos deixarão de ser feitos de acordo com os últimos figurinos adaptados por alguns docentes que, se por vezes foram interessantes e inovadores, outras vezes foram levianos, irresponsáveis e destinados à manipulação ideológica ou mesmo partidária dos estudantes.

Votes do PSD: - Muito bem!

de difundir as suas concepções no ensino secundário

Protestos do PCP.

É este o tão falado conceito de liberdade do ensino do PCP. É uma forma directa de manipular a juventude, acabando o Estado por veicular ideologias através do sistema de ensino, ainda por cima ideologias caducas e repudiadas pelo povo português.

Vozes do PSD: - Muito bem!

males.

Que sugere então o PSD perante esta situação?

Avançamos com uma proposta alternativa em recomendação ao Governo para que altere, dentro dos seus poderes, o decreto regulamentar em causa, esperando que os restantes grupos parlamentares nos acompanhem nos seguintes termos gerais.

Para respeito dos direitos e expectativas legítimas dos alunos do 3.º, 4.º e 5 º anos, prosseguiram os seus cursos de acordo com o plano de estudos anteriormente em vigor. Julgamos absurda a discriminação entre a Faculdade de Coimbra e as restantes. O Decreto n.º 53/78 deverá depois, num prazo a combinar, num ano no máximo, ser substancial e profundamente melhorado, certamente após audição dos órgãos científicos e pedagógicos de todas as faculdades de Letras e, se possível, enquadrado num projecto coerente do sistema educativo em geral e do sistema de ensino superior em particular

Vozes do PSD: - Muito bem!

Protestos do PCP.