propostas de solução e pressionar pela luta a sua satisfação. Em Dezembro de 1978, a II Conferência Regional da UDP do Norte da Europa, graças ao esforço e experiência de luta acumulada pelos nossos activistas nas mais variadas frentes de luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores portugueses emigrados, fez o levantamento dos problemas comuns a toda a emigração e definiu alternativas para a satisfação dos mesmos.

Não estamos, pois, hoje aqui, como nunca estivemos, a falar de alternativas; somos a única força política que na emigração tem um programa com alternativas de luta concretas para os problemas de solução mais urgentes que afectam os trabalhadores portugueses emigrados, seja qual for o país onde vendem a sua força de trabalho. Esse programa, referenciado nos problemas da emigração e as alternativas de luta por nós apresentadas e pelos trabalhadores, através das suas organizações representativas, é uma plataforma para a unidade na acção com as outras forças políticas de esquerda.

Os problemas que os trabalhadores emigrados enfrentam têm a sua origem em três factores: A política de repressão e miséria do regime fascista de Salazar e Caetano;

b) A política antipopular dos sucessivos Governos do após-25 de Abril de 1974;

c) A situação política que se vive nos países para onde emigrámos e à qual estamos sujeitos por fazermos parte das classes trabalhadoras desses países.

Esses problemas, que dizem respeito no geral a toda a emigração, independentemente dos países onde se encontram, são os seguintes: A impossibilidade do regresso definitivo a Portugal a curto prazo;

2) Ensino da língua portuguesa e da língua dos países onde residimos:

a) Escolaridade das crianças;

b) Cursos de alfabetização para adultos; As taxas alfandegárias sobre os bens adquiridos pelos emigrantes portugueses resultado do seu trabalho;

4) Situações militares irregulares:

a) A taxa militar imposta aos desertores e refractários que se recusaram a fazer a guerra colonial;

b) As taxas de regularização impostas aos filhos dos emigrantes radicados nos países de emigração.

5) Transportes dos trabalhadores mortos no estrangeiro;

6) Transportes e condições de transporte dos emigrantes para Portugal;

7) Relação entre as organizações representativas dos trabalhadores emigrantes e o Governo Português;

8) Falta de acordos de emigração que defendam os nossos direitos;

10) Mau funcionamento das embaixadas e consulados.

Também a [política antipopular dos Governos dos países onde estamos emigrados nos levanta problemas: Desemprego e más condições de trabalho;

2) Alojamentos deficientes;

3) Aumento constante do custo de vida;

4) Leis racistas de excepção para a emigração;

5) Ausência de direitos políticos e sociais.

Para a resolução e satisfação destes problemas, a UDP propõe: Lutar por um Portugal onde não precisemos de emigrar, apoiando o movimento popular, tendo por base de acção a plataforma de luta da UDP pelo Governo do 25 de Abril do povo: Defesa das liberdades e da Constituição;

d) Defesa da independência nacional. Alto à ingerência da NATO e dos monopólios internacionais. Não queremos o FMI nem o Mercado Comum. O futuro de Portugal é dos Portugueses;

2) Ensino da língua portuguesa e da língua dos países onde residimos: Ensino da língua materna por professores portugueses dentro do horário escolar em cursos integrados e financiados pelos governos dos países de emigração;

b) Onde essa organização de cursos não for possível, que o Governo Português reconheça como legítimos os cursos criados por iniciativa das organizações representativas dos trabalhadores (associações, comissões de pais, etc.);

c) Que os professores que dão tais cursos sejam reconhecidos e contratados pelo Governo com