O resto, Sr. Presidenta, Srs. Deputados, é mais ou menos «chover no molhado».

Por isso, .pelas razões expostas, porque além disso consideramos que a fiscalização das actividades das embaixadas e consulados compete aos poderes constituídos do Estado Português, à Assembleia da República, ao Governo, ao Presidente da República, e não a grupos ou comissões eleitas...

Porque entendemos que o prestígio e eficácia de embaixadas e consulados não é compatível com a existência de quaisquer organizações anexas, paralelas, «grupos de pressão» ou formas mais ou menos discretas de «poder popular», a elas enquistadas...

Porque, acima de tudo, nos parece ser tempo de terminar de vez com a promessa demagógica de «soluções maravilhosas e milagreiras», que de uma penada resolvem a crise existencial das comunidades portuguesas, os sociais-democratas independentes irão votar contra estes diplomas primorosamente aparentados.

Só é pena que não seja o voto secreto a decidir da bon dade de diplomas como estes.

Aplausos dos Deputados independentes sociais-democratas.

O Sr. Presidente: - Para um protesto tem a palavra o Sr. Deputado Veiga de Oliveira.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Sr. Deputado que acabou de intervir, segundo disse, em nome dos Deputados independentes sociais-democratas, tem o direito de ter a opinião que entender sobre qualquer projecto ou proposta de lei que seja presente a esta Assembleia e de, naturalmente, defender os seus pontos de vista, sejam eles muito: ou pouco representativos, sejam eles bons ou maus segundo a opinião de terceiros.

Mas o que o Sr. Deputado não deve embora possa fazê-lo, e acabou de o fazer - é fazer processos de intenção, pretender que outros pretendam isto e aquilo, emprestar intenções e ideias obscuras e, enfim, fazer aquilo que não é, de forma nenhuma, exprimir a sua opinião sobre projectos de lei que existem! por escrito e que, muito concretamente, podem ser analisados e dos quais o Sr. Deputado, naturalmente, tem todo o direito de divergir, de convergir, de votar contra, de votar a favor, secretamente ou publicamente.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, como são quase 8 horas, vamos terminar os nossos trabalhos. A discussão que estava em curso continuará amanhã, cuja ordem de trabalhos será a continuação da de hoje.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Pedi a palavra apenas para informar que amanhã se continua com a ordem de trabalhos de hoje, isto é, continua a discussão conjunta dos três projectos de lei sobre os imigrantes, e ainda os projectos de lei sobre comunicação social.

Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 55 minutos.

Deputados que entraram durante a sessão:

Partido Socialista (PS)

Alberto Arons Braga de Carvalho.

Alberto Augusto M. da Silva Andrade.

António Chaves Medeiros.

António Fernando Marques Ribeiro Reis.

António José Sanches Esteves.

Carlos Manuel Natividade da C. Candal.

Francisco de Almeida Salgado Zenha.

Francisco de Assis de M. Lino Neto.

Francisco Cardoso Pereira de Oliveira.

Jerónimo da Silva Pereira.

João Francisco Ludovico da Costa.

Joaquim Oliveira Rodrigues.

Jorge Augusto Barroso Coutinho.

José Gomes Fernandes.

José Maria Parente Mendes Godinho.

Manuel Lencastre M. de Sousa Figueiredo.

Mário Alberto Nobre Lopes Soares.

Victor Fernandes de Almeida.

Partido Social-Democrata (PSD)

Amândio Anes de Azevedo.

Amélia Cavaleiro M. de A. de Azevedo.

António Coutinho Monteiro de Freitas.

António José dos Santos M. da Silva.

António Júlio Simões de Aguiar.