ternacionais caracterizada pelo aventureirismo, pelo experimentalismo e pela confusão.

Vozes do CDS: - Muito bem!

O Orador: - Para os portugueses o resultado da operação será muito caro. E não ganharemos na Europa, nem ganharemos no Mundo; nem seremos influentes junto dos nossos aliados tradicionais, nem ganharemos nova influência no diálogo Norte-Sul; nem avançaremos mais depressa para uma presença internacional mais forte, nem teremos melhor diálogo com os novo Estados do expressão portuguesa.

Aplausos do CDS.

A revolução que o Primeiro-Ministro dá a entender que deseja fazer nas necessidades, contrapomos nós a necessidade de não deixar que o Governo a faça.

Vozes do CDS: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: 0 CDS teria preferido não ter que adiantar tantas críticas, reservas e discordâncias relativamente a um Governo que deveria ser de apaziguamento e serenidade. A culpa não é nossa.

Mantemo-nos, pelo nosso lado, fiéis àquilo que sempre defendemos. 0 Primeiro-Ministro e o Presidente da República terão outras fidelidades. Do choque entre nós e eles resulta o ponto aonde chegámos. Mas Portugal e a sua democracia sobreviverão para além de mais este acidente de percurso.

Aplausos de CDS, de pé, e do PSD.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos proceder agora ao intervalo, para recomeçarmos daqui a trinta minutos.

Vozes do PS: -E os pedidos de esclarecimento, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: - Fá-lo-íamos depois do intervalo, Srs. Deputados. É que, se vamos fazer já os pedidos, de esclarecimento, não saímos para o intervalo senão lá para as 18 ou 19 horas.

Vozes do PS: - Preferimos fazê-los agora, Sr. Presidente.

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Sr. Presidente, se os pedidos de esclarecimento não fossem muitos, eu preferiria, se a Câmara não me leva a mal, que as respostas fossem dadas já.

O Sr. Presidente: - Há cinco Srs. Deputados inscritos para pedir esclarecimentos.

Se os Srs. Deputados querem de facto, que se proceda agora aos pedidos de esclarecimentos, fá-lo-emos de imediato.

Vozes do CDS: - Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem então a palavra o Sr. Deputado Furtado Fernandes.

Vozes dos Deputados Independentes Sociais-Democratas: - Muito bem!

O Orador: - Mas então caímos no cúmulo da contradição. Será que o CDS vai renovar todo o País, como propõe? Será que vai lutar contra todos os males, aliando-se exactamente com um partido que, afinal, também é socialista, e que é o PSD, na Aliança Democrática.

A menos que o Sr. Deputado Amaro da Costa entenda que o PSD não tem vocação de cumprir o Seu Programa! Mas isso já será uma outra questão, que também desejava ver esclarecida. Mas por agora era apenas isto o que lhe queria perguntar.

Vozes dos Deputados Independentes Sociais-Democratas: - Muito, bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Amaro da Costa, responde já ou no fim?

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Respondo já, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Então faça favor,

O Sr. Amaro da Costa (CDS): - Sr. Deputado Furtado Fernandes, a resposta será breve, como naturalmente requer a natureza da pergunta.

O Sr. Deputado Furtado Fernandes é, naturalmente, especialista em matéria de socialismos, eu não sou. Simplesmente, em Portugal é público e notório que quem tem feito pregação publicitária do valor redentor do socialismo são, a saber: as organizações de extrema-esquerda; o Partido Comunista; o Partido Socialista, e, mais recentemente, a União da Esquerda Democrática Socialista. Ora, são esses os partidos que se têm feito arautos da defesa do socialismo, encontrando entre si, pelos vistos, pontos de encontro e afinidades que levam o Deputado Lopes Cardoso, com a inteligência e o brilho que lhe são próprios, a fazer