Aquilo que disseram no documento ali distribuído - também entregue ao Sr. Presidente da República, intitulado «O discurso que não nos foi permitido fazer»: «[...] a Universidade de Évora é uma Universidade nova. Devia e podia ser igualmente nova nos métodos usados para com os estudantes, melhor no entendimento do papel do estudante na Universidade, afinal de contas, também, sua razão de existência. O regime de instalação não é oposto a uma gestão democrática em que a participação estudantil mais do que consentida devia ser solicitada amiudadamente.» E terminam dizendo: «Quisemos propormos uma visão diferente do que é a Universidade de Évora daquelas que aqui foram anteriormente (e quiçá sabidamente) apresentadas. [...] Talvez seja menos solene ou metafísica que as anteriores. É, pensamos, mais real, mais à medida daquilo que a Universidade de Évora é em si e no seu contexto. Propomos. pois, que meditem nela. Será uma contribuição para que cada vez mais a Universidade de Évora corresponda às exigências do novo Portugal que tentamos erguer.»

O ilustre reitor, também presidente da comissão instaladora, devia ter tido outro entendimento para com os seus estudantes. A sua atitude só encontra atenuante no susto apanhado no Verão de 75, quando assistiu ao princípio do quase fim do seu Instituto. Esqueceu-se de que, então, os métodos não eram democráticos e o que, hoje, está em presença de um orgão representativo de extrema limpidez democrática, até no aspecto jurídico, por imposição dos órgãos dirigentes da Universidade - a Associação de Estudantes.

Nós estivemos lá. Por isso, não podemos calar o nosso protesto! Que a nossa posição seja entendida através da globalidade desta intervenção para honra e glória da novel Universidade de Évora e do seu Alentejo!

Aplausos do PS e da Sr.ª Deputada do MDP/CDE, Helena Cidade Moura.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, suponho que para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Pedro Roseta.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Manuel da Costa, se assim o desejar

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Ah, era diferente!

O Orador: - ..., ou melhor, da qual não tenho o texto para lhe ceder, mas tenho presente o seu contexto e posso dizer-lhe que um dos pontos que os elementos do PSD votaram contra era o que referia o pedido de ratificação desta Câmara do decreto-lei que transformava o Instituto de Évora em Universidade. Este ponto era muito claro, não tinha considerandos, era um ponto preciso em que e recomendava a esta Câmara a ratificação desse decreto-lei e elementos do PSD votaram contra.

Queria ainda informar o Sr. Deputado Pedro Roseta - que, pelos vistos, está com muita atenção ao esclarecimento que lhe estou a prestar...

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - A atenção merecida!

O Orador: - ...que na última reunião da Assembleia Municipal de Évora, numa moção semelhante àquela que tinha sido apresentada anteriormente, embora com mais considerandos, mas ainda em relação a esta mesma matéria, os elementos do PSD evoluíram um pouco e abstiveram-se, estando portanto a verificar-se progressos, com os quais nós nos congratulamos.

Penso ter respondido, pelo menos razoavelmente, às questões que se apresentou. Sr Deputado Pedro Roseta.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Marília Raimundo.

A Sr.ª Marília Raimundo (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Como Deputada eleita pelo círculo da Guarda, compete-me sensibilizar a Assembleia da República, e por seu intermédio o povo português, para a situação em que se encontra a Escola de Enfermagem da Guarda.

Esta Escola, criada por despacho ministerial de 7 de Julho de 1965 e situada na Guarda, tem condições aceitáveis para funcionar. Abriu com o primeiro curso de auxiliares de enfermagem em 2 de Novembro de 1966. Diplomou 276 auxiliares de enfermagem até 1975. Seguidamente fez cursos de promoção profissional dos enfermeiros de 3.ª classe, tendo diplomado 141 enfermeiros.

Foi a Escola de Enfermagem da Guarda que assegurou praticamente todo o serviço de enfermagem a nível distrital, pois a maioria dos enfermeiros que tiraram o curso nesta escola encontra-se a prestar serviço na cidade da Guarda e no distrito.

Não se compreende a razão por que a citada Escola está encerrada, provocando uma situação que a Guarda e o distrito não aceitam e que urge modificar, reabrindo-a