mudados pelo Sr. Deputado José Niza; ao Governo. formulado pelos Srs. Deputados Octávio Teixeira, Ilda Figueiredo, Ercília Talhadas, Joaquim Miranda e Carlos Carvalhas; ao Ministério da Educação e Ciências, formulado pelos Srs. Deputado Rosa Maria Brandão e Fernando Rodrigues; ao Governo, formulado pela Sr.ª Deputada Ercília Talhadas; ao Governo, à Secretaria de Estado da Cultura e ao Governo Civil de Aveiro, formulados peio Sr. Deputado Vital Moreira; ao Governo, formulado pelos Srs. Deputados José António; Veríssimo Silva, Ercília Talhadas e Mariano Baptista de Vasconcelos Barbosa Vicente.

Seguidamente, Srs. Deputados, vamos passar à discussão e votação dos votos de protesto apresentados nas últimas sessões pela UDP e pelo PS, referentes ao Encontro Internacional dos Povos em Luta.

Dado que ninguém pede a palavra, passaremos à votação pela ordem de entrada. Assim, votar-se-á primeiramente o voto apresentado pela UDP.

Porém, antes disso, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Pena.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Sr. Presidente, requeria à Mesa que cada um dos votos fosse lido antes da votação.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, tenho a informação de que já foram lidos e apresentados à Câmara. O Sr. Deputado Mário Tomé fez apresentação do voto apresentado pela UDP e o Deputado Almeida Santos fez a apresentação do voto do Partido Socialista.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Peço desculpa. Sr. Presidente. Houve um lapso da minha bancada, dado que se julgava que estava já para votação o voto apresentado pelo MDP/CDE.

O Sr. Presidente: - Muito bem. Passemos então às votações. Está em votação o voto apresentado pela UDP.

Submetido à votação, foi rejeitado, com votos a favor do PCP, do MDP/CDE e da UDP, votos contra do PSD, do CDS e do PPM e a abstenção do PS.

O Sr. Presidente: - Passemos agora à votação do voto de protesto proposto pelo PS.

Submetido à votação, foi rejeitado, com 77 votos a favor do PS, do PCP, do MDP/CDE e da UDP e 85 votos contra do PSD, do CDS e do PPM.

O Sr. Presidente: - Agora, para uma declaração de voto, tem a palavra o Sr. Deputado Mário Tomé.

reduzir os povos e governos a seus meros instrumentos e lacaios.

Pois o Governo Português, que a maioria de direita desta Assembleia apoia,

põe-se do lado dos inimigos dos povos.

O Sr. João Morgado (CDS): - Não diga asneiras, Sr. Deputado.

O Orador: - Ele próprio assume o papel de lacaio zeloso do imperialismo e tudo mexe e remexe para os seus patrões ficarem contentes, e garante que os terríveis estrangeiros, essas estranhas e desvairadas gentes não poderão usar o nosso solo pátrio, abençoado pela Coca e Ppsi-Colas, para daí ofenderem os Estados amigos dos Americanos, logo seus amigos. Estados esses que também reprimem o seus próprios povos ou impõe a sua vontade a outros povos, como seria de bom-tom nós ainda podermos fazer.

Mas se foi derrubada a ditadura, se os povos debaixo do nosso domínio colonial conquistaram a liberdade, eis que o Governo da AD dá livre curso ao seu revanchismo reaccionário e impede a realização do Encontro dos Povos em Luta, ma< permite que o fascista Blas Pinar, talvez porque não seja perigoso para os tais «estados democráticos amigos», venha a Portugal blasfemar na sua linguagem podre de fascista; cobre com a sua bênção o entendimento entre a JSD e os fantoches e colaboradores d? PIDE da Unita; e permite a venda à mais negra e retrógrada ditadura da América Latina, só comparável à de Somoza, à ditadura de Alfredo Strossmer, no Paraguai, de 14 000 espingardas G-3 e 60 morteiros, em 540 caixas, num total de 21 450 kg, via Libreville, no Gabão, transportados ainda este mês.

Os falcõezinhos portugueses não passam, na verdade, de ridículos abutres.

Entretanto, o PS, também ele se insurge contra a atitude governamental, mas na prática contribuiu pela apresentação de outra moção, pena que a Assembleia da República deixasse de tomar, em tempo oportuno, uma posição clara acerca de assunto tão grave.

Com a apresentação da sua moção e a abstenção no voto da UDP, o PS mostra-se incapaz de cortar com a prática ultralegalista conciliatória a que nos habituou...

O Sr. Presidente: - Terminou já o seu tempo, Sr. Deputado.

O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.

...nomeadamente enquanto o Governo, permitindo o crescimento e fortalecimento dos únicos beneficiários dessa política - as forças de direita, as forças reaccionárias f. os fascistas.

O PS contígua a fazer sinal para a esquerda mas a virar à direita.