vez por todas, se ponha cobro a acidentes tão lamentáveis como estes.

Aplausos do CDS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Sousa Tavares.

O Sr. Sousa Tavares (DR): - Sr. Presidente, peço desculpa mas não tinha pedido a palavra.

O Sr. Presidente: - V. Ex.ª estava inscrito, mas se não deseja intervir...

O Sr. Sousa Tavares (DR):-Sr. Presidente, eu só me inscrevi uma vez e foi, talvez, há um mês.

O Sr. Presidente: - Pareceu à Mesa que V. Ex.ª se tinha inscrito para usar da palavra neste período de prorrogação de antes da ordem do dia. Mas como se trata de um lapso, V. Ex.ª não está inscrito e, portanto, não usará da palavra embora eu lamente não o podermos ouvir. Em todo o caso, o seu agrupamento poderá exercer o direito de utilizar o tempo que lhe cabe neste período de prorrogação.

O Sr. Sousa Tavares (DR): - Desculpe, Sr. Presidente, mas eu gostava de compreender o que se está a passar.

De facto, inscrevi-me para usar da palavra para uma intervenção, creio que na primeira ou na segunda sessão do Plenário desta Assembleia...

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, em posso explicar-lhe, sem mais delongas, o que se passa.

Há uma ordem de inscrições para o período de antes da ordem do dia e há, no período da sua prorrogação, a possibilidade de cada grupo ou agrupamento parlamentar utilizar cinco minutos. A utilização ou não desses cinco minutos fica ao critério de cada grupo ou agrupamento parlamentar, através do orador que o próprio partido indique. Portanto, esta é uma inscrição que nada tem a ver com as inscrições normais para o período de antes da ordem do dia.

O Sr. Sousa Tavares (DR): - Peço, então, a palavra, Sr. Presidente, mas, de facto há pouco não me tinha inscrito.

O Sr. Presidente: - Sendo assim, V. Ex.ª fica inscrito, mas antes falará o Sr. Deputado Barrilaro Ruas. Tenha a bondade, Sr. Deputado.

O Sr. Barrilaro Ruas (PPM): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Pedi a palavra para me associar, em breves palavras, à homenagem aqui prestada pela Sr.ª Deputada Helena Cidade Moura à memória, para nós muito querida, do Padre Abel Varzim.

Como não era para pedir um esclarecimento à intervenção da Sr.ª Deputada, e minha querida amiga, não me inscrevi para tal e preferi fazer uma curta intervenção que tem apenas como objectivos dizer que para nós, Grupo Parlamentar do PPM, Abel Varzim foi um dos nossos mestres mais queridos.

Desde há muitos anos que consideramos o Padre Abel Varzim um pioneiro da política do homem, um verdadeiro humanista, um daqueles portugueses que ensinaram ao povo português, no seu conjunto, e especialmente aos políticos, a serem verdadeiramente fraternos nas suas acções.

O Padre Abel Varzim, mais do que militante e apóstolo, foi um português entre portugueses, foi alguém que nos ensinou, a todos, a estar aqui hoje a defender o povo português nos seus direitos e legitimidade, a defender os valores humanos fundamentais para além de todas as Ideologias e por cima de todas as fronteiras que podem, por vezes, definir-nos, limitar-nos e diminuir-nos.

A nossa homenagem, portanto, à memória impoluta de Abel Varzim.

Aplausos gerais.

O Sr. Presidente:- Sr. Deputado Sousa Tavares, tem agora V. Ex.ª a palavra, se quiser usar dela não sei se a sua intervenção estaria preparada para ser produzida em tão curto espaço de tempo, mas o tempo que V. Ex.ª tem é apenas de cinco minutos.

O Sr. Sousa Tavares (DR): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A continuação de desastres graves na nossa costa, onde constantemente perdem a vida pescadores e trabalhadores do mar, é uma situação, que, suponho, preocupa todos os portugueses conscientes e em cuja manutenção se não deve consentir.

Suponho que tem havido relativamente a esta situação uma inércia permanente dos Governos. Mandam-se flores às viúvas, às vezes dão-«e umas magras pensões aos órfãos e os homens continuam a morrer como se nada fosse!...

Não se têm feito as docas de protecção, não existe qualquer espécie de equipamento de salva-vidas e mais uma vez neste último fim-de-semana em Aveiro se. verificou que o salva-vidas não pôde partir para a sua missão porque não funcionava. Esta é uma situação perfeitamente conhecida por toda a gente em Portugal e a que nenhum Governo tem prestado, sequer, a menor das atenções.

Considero esta situação vergonhosa e como Deputado da Nação protesto contra ela e exijo que e