tente e era muito mais fácil concrotizá-lo, pois se a mai<>ria achava que- podia alterar a ordem dos trabalhos era isso que devia ter feito. A maioria alterava a ordem dos trabalhos, a sessão terminava à hora norma] e não precisávamos de sacrificar toda a gente e de criar a indignidade para os trabalhos parlamentares.

Quanto à «nossa engenheira Maria de Lurdes Pintasilgo» ter inundado o Didrio da República com suplementos no final do seu Governo, qu.eria dizer-lhe que a engenheira Maria de Lurde-s Pintasilgo enquan. to Prime-iro-Ministro foi de todo o País e não apenas nossa. Foi tão nossa como mas, de qualquer modo...

Risos do PSD, do CDS e do PPM.

Bom, felicito-me por conseguir ter alguma graça mas a verdade é que o problcma é o de saber &-- 21 engenheira Maria de Lurdes Pintasilgo o fez ou não no legítirno exercício de, um direito.

Quando o PS foi Governo, e foi-o duas vezes, tende numa delas sido demitido poi esta Assembloia e na ou-tra exonerado, facto mai.s grave ainda, pelo Sr. Presidente da R-epública, teve a precauçã<> de. re, duzir ao mínimo estritamente necessário a sua actuação governarnental. Nesa altura foi duramente enticado pela actual maioria por er um partido antipatriótico que deveria governar aormalmente como se estive&-,e em vigor.

Aplausos do PS.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): Nem oito nem oitenta!

O Sr. Carlos Candal <,PS): -Cinquenta!

O Orador: - O Sr. -Deputado Rui -Pena lenibra-me que não é a primeira vez que se recorre ao expedien,te de sessões nctumas, parcoendo insinuar que eu afi.rmei que era.

0 que afirmei foi, precisamente, que não era e a-inda agora tive opor.tuni

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: -Também para uma declaração política te-m a palavra o Sr. Deputado Lucas Pires.

O Sr. Lucas Pires (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: As eleições do dia 2 de Dezembro cria,riam effn Portugal uma realidade inteiran=te nova ,; colocaram o Govomo da Aliança De-,moerática no centro da vida política naciona,1 e do futuro do País.

São vários os facitores que contribuíram para a nova siituação quei ag<>ra se vive. Em primeiro lugar, foi e é possível um ontendimento consistento e, de médio prazo entre: vários partidos e forças democráticas. que vão do socialismo democrático reformista à democra-

cia cristã, mas estão unidas por uma comum estraW gia dei deisenvolvimento político, numa comum noção do nterem e numa confluênciia nas questões práticus do ~mo que, urge resolver.

A skuação é nova e prometedora, em segundo lugar, poriquei há hoje, uma maioria parlarnentar estável de apoio ao Governo sustenta-da e garantida diroctamente -pelo voto popular. É nova aindu, em ter~ lugar, pc>rque se vêm dando passos decisivos para ternunar, em todos os domínios. com a ambiguidade o o ímpasse político que se vinha nianifestando e se reflectia em -todas as áreas da vida nacional, desde a -política económica à política externa. Em quarto I-ugaT, os par.tidos de situação co.nstitucional tornara-m-se nos partidos de oposição governamental e paflamerttar, tendo o Parfido Socialista deixado de ser o -maior partido português, posição que po~u a ser detidá pejo Parfido Social-Democrata.

A situação é inteimmente nova, por último, porque é lbgítima a esperança do prolongamento os. partidos de. oposição têm-se lilmitado a insistir nos mus erros antikos, revelando um curioso tique de, teimosia no, processo.

A iteso doi PS de oposição fr

Risos do PSD e do CDS.

0 Partido, Comunísta vai mais longe. À oposição frontal prefere a oposição em todas as frentes, se se quise,r profere a oposição ilimitada. 0 aut se passou durante- a madrugadia, de quarta-feira é clucidativo.

A greve parlamentar tem o signifícido político de mostrar que, a o"ição parlamentar, para manter unia oorta situação política, está disposta a pôr em perigo, as insÚtuições através das qua.ís ital sít;uação podería ser pacificamente rovi".