política coerente. E afinal, como dizem os auto-res -e muitos académ,icos aqui falaram, e -por isso me permito citar os autores ---, só -pode liaver verdadeira pclítica social, inclusive, onde houver unia noção de sistema cccnómico, uma noção de conjunto, uma \,alorização de todos os interesses sociais no seu, qua(lro e no seu contexto.

15to é, afinal, ao-fim e ao cabo. nunca uma opogíção se opôs tanto por tão pouco.

Sabe-se, aliás, que as medidas já tomadas veicularam não apenas outra política económica, conio também outra filos(>fia económica e outro projecto de, quadro institucional da economia. É neste sentido que esta seniana foi autorizado o alargamento da alçada da iriiciativa privada. Afinal os preços aumentavam Utiando o Estado aumentava. Fazer política com a econoniia, conio o Estado sempre inevitavelmente fará, é afinal ser.lpre a -princípal causa da inflação. Se o Estado dim;inuir economicamente, os preços hão-de diminuir também, ainda que corri tempo.

Ao contrário do que pretendeu a oposição, não se trat,j de política económica capitalista. 'rrata-se, sim, de política económica nacional. É simples: nós prefermos a baiica pri,a-da nacional à banca privada suíça.

A libertação da iniciativa nacional, o combate à inflação e a defea do escudo são justamente as três vias principtis da reconstrução de um poder económico nacional abalado e de-struído pelo poder burocrático e tecnocrático do Partido Comuiiista e do Partido Socialista.

Trata-se, sobretudo, de urn acto de confiança na ---ociedade portuouesa. Qua,,ito a mi:m, o erro niais grave dos p-irtidos hoje: na oposição foi o medo à sociedade pc,,rtugue-sa. Medo, aliás, muito respeitável na sua explicação histórica. Muito explicável este Piedo dos partidos da oposição à sociedado portu-guesa em ternios psico-sociais, iiiedo que eu respeito, mas medo que o Partido Comuni,ta pagoxj com terror e que o Partido Socialista pagou com coitôles, impostos e. liniitaçc)es.

No primeiro caso chegou-se à dinamização porque a socieda-de portuguesa era perigosa e era preciso educá-la. Noutro caso fic,-,u-se a-penas pella limitação, mas rea-imente o medo era o mesmo.

Será que no ventre da sociedade portugtiesa só há capitalisino? Será que no ventre da soei-edade portuguesa não há outras riquezas, culturais, econ(>micas, sociais e. políticas, aléni das que constam do menu marxista ou do menu capitalista? Quem é que tem medo de uma sociedade aberta e livre vas uas possibilidades de manifestação económica? Que-m é que reprime? Aos que falam d-e, repressão eu lembro, nomeadamente, que se nós aceitamos a pcssibi-l-idade de banca privada é porque justamente iião jul-gamos que a solução esteja em nomear gestores apenas do CDS, do PSD, do PPM e. dos Reformadores para a banca nacionalizada. 15so, sim, seria reipressão!

O Sr. Pedro de Vasconcelos (CDS): - Muíto bem!

O Orador: -Mas nós não queremos governar o País nomeando gestores das nossas cores para as empresas nacionalizadas. 15so, sirn, seria repressão!

Aplausos do CDS, do PSD e do PPM.

o um conjunto de forniigas contra o mamute, o grupo, o supergrupo do sector público, sem pc>ssibi,l idades, porta-nto, de cooperação recíproca, de associação ou de tintendimento.

Porquê a possibilidade de grupos militares, a possibüi'dade, dc grupos políticos, a posibilidade de grupos sociais? Porquè a possibilidade do basis-mo de ioda a espécie e, não a possibilidado dç grupos econóniicos? Será que é para estiolar o dinamisnio económico da própria socieda-de,? É ou não rerdade que os g-upos econóraicos s>ão os únicos aos quais as leis actuais impõe-m um efectivo contrôle democrático. interno e externo? Quem é que tem tão po.uca fé na democracia pottuguesa que acredite que os grupos se podem impor a algunia maioria e. sobretudo, ao povo português?

Vozes do COS: -Muito bem!

s que, à nioda dos sécs. XVIII e xix e da era colonial, tinham sido instituídos cc>mo régies, cc)mo impérios legais.

Aplausos do CDS, do PSD e do PPM.

Se a ameaça do poder em Port.ucyal está de algum

o

lado, é do lado do sector público. É uma am,-aça que tim amigo rneu, com algurn-a ironia traduzia pelo