O Orador: - Sr. Presidente, é que realmente já sentimos que o PS e o PCP estão a formar um verdadeiro coxo.
De maneira que é natural que assim suceda. Aplausos do CDS e do PSD.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado dispõe ainda de um minuto.
O Orador: - Mas, para concluir, Sr. Deputado Luís Filipe Madeira, será porque o actual Governo está efectivamente a governar Portugal...
Uma voz do PS: - Mal!
Vozes do PS e do PCP: - A desgovernar!
O Orador: - ...e está a levar Portugal para os caminhos de mudança que a Aliança Democrática prometeu? Será por isso que o actual Governo está a pôr em causa a democracia?
Vozes do PS e do PCP: - É, sim senhor! O Sr. Vital Moreira (PCP): - É isso, mesmo!
O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente peço a palavra para um protesto e para um pedido de esclarecimento.
O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Acabámos de ouvir, mais uma vez, um conjunto, que já não é novo, de insinuações...
O Sr. Vital Moreira (PCP): - Não foram insinuações, foram acusações!
O Orador:..., de acusações ao Governo.
Mais uma vez, as oposições, em nossa opinião, entraram nessa contradição permanente, que não acontece por acaso e que surge apenas porque as oposições não têm um programa alternativo e não são uma maioria, como o não hão-de ser. É uma contradição evidente: é que permanentemente se acusa o Governo de ser demagogo, de causar medidas populares, de estar em permanente campanha eleitoral, de tentar ganhar as eleições e, por outro lado, acusa-se, passado um ou dois minutos, o Governo de estar a tomar medidas tenebrosas e ter todo o povo português contra ele!
Então, Sr. Deputado Luís Filipe Madeira, em que é que ficamos?...
Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente:. - Para que efeito pede a palavra, Sr. Deputado?
O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Para um protesto,
Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Faça favor.
O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Sr. Presidente, julgo que a Mesa deve ter-se equivocado na ordem das inscrições porque a minha colega Maria Adelaide Paiva tinha também pedido a palavra e eu reservaria a minha intervenção para depois.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Pedro Roseta, a Sr.ª Deputada Maria Adelaide Paiva pediu a palavra depois de V. Ex.ª.
Se VV. Ex.ª desejam trocar, a Mesa não faz qualquer oposição.
O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Desejamos, sim, Sr. Presidente.
O Sr. Vital Moreira (PCP): - O Sr. Deputado Pedro Roseta ainda não tinha a cassete pronta!
O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada Maria Adelaide Paiva, para que efeito pretende usar da palavra?
A Sr.ª Maria Adelaide Paiva (PSD): - Para um protesto e para um pedido de esclarecimento, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Maria Adelaide Paiva (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados. Ouvi com bastante atenção as palavras do Sr. Deputado Luís Filipe Madeira e ouvi ainda com uma mais propensa atenção as referências que, mais uma vez, fez, na sequência de outras aqui já ouvidas proferidas por colegas da sua bancada, sobre o assalto aos órgãos de comunicação social.
Uma voz do PS: - Se calhar é mentora!...
A Oradora: - Nas afirmações aqui feitas isto já se vem tornando um lugar-comum...
Vozes do PS e do PCP: É, é! Os factos é que são um lugar-comum!
A Oradora: - ...e, curioso, jamais fundamentado. Fala-se em assalto, mas não se justifica.
Gostaria de recordar à bancada socialista -que está a ficar um bocado enervada com os comentários...
O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Muito bem!
A Oradora:- ...-, que assalto, sim, existiu desde o I Governo do Partido Socialista...
O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Muito bem!
A Oradora: - ...em que, a nível de aparelho de Estado, a nível de direcções da imprensa, da rádio e de outros órgãos de comunicação social estatizados, a nível de conselhos de gestão, houve um verdadeiro atropelo, houve um verdadeiro colocar de pessoas