não só à entidade humano, cultural e moral que são os emigrantes, como também a nossa própria actuação de representantes dessa entidade moral e cultural que eles são.

Aplausos do PS.

O Sr. Carlos Brito (PCP) - Sr. Presidente, peço também a palavra para fazer um curto protesto em nome da bancada do PCP.

O Sr. Presidente: - Tem V. Ex.ª a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Brito PCP: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Apôs a intervenção do Sr. Deputado José Augusto Gama o meu camarada João Amaral protestou contra informações caluniosas e sem fundamento que nos foram dirigidas e demonstrou quanto, pela nossa parte, temos feito o possível para trazer aqui a Assembleia da República a defesa dos interesses dos emigrantes e temos tomado tanto como outros grupos parlamentares, um conjunto de iniciativas importantes, tendo até algumas delas o voto unânime da Assembleia da República.

Parecem, portanto, inteiramente deslocadas as insinuações do Sr. Deputado José Augusto Gama em relação ao Muro de Berlim e ao que seria do Sr. Deputado se fôssemos poder.

Postas as coisas nestes termos, Sr. Deputado então temos que dizer: o Sr. Deputado não sabe o que seria de si e dos seus colegas de bancada se fôssemos poder, mas se é a isso que se quer referir então respondemos que nós sabemos o que foi feito de nós durante os cinquenta anos em que os senhores foram poder.

Aplausos do PCP.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Esta é velha!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Augusto Gama para responder, se assim o entender.

O Sr. José Augusto Gama (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Quando ouvi falar o Sr. Deputado do Partido Comunista apeteceu-me regressar ao tempo das grafonolas, das frases feitas, antigas e velhas e que todos nós conhecemos. Não nos traz nada de novo com essas suas afirmações. Nós conhecemo-las, repito Sr Deputado.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Nós é que as conhecemos!

aos emigrantes uma margem de 5% de lugares nas Universidades enquanto os das ex-colónias, que muito respeito, podem entrar às dezenas, às centenas ou aos milhares, porque são numerários. Mas a sua bancada ficou calada, Sr. Deputado, em relação a este assunto.

Era só isto o que queria dizer.

Aplausos do CDS e do Sr. De amado do PPM Ferreira do Amaral.

O Sr. João Lima (PS): - E já não é pouco!

O Sr. Presidente: - Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado António Campos.

O Sr. António Campos (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Lutar até que seja reposta a legalidade democrática no MAP é um objectivo de que não desistimos.

Ou essa legalidade surge ou os Srs. Deputados da maioria e o Governo têm de se solidarizar totalmente com a corrupção, o compadrio, a ilegalidade e a prepotência.

Uma voz do PSD: - Olha quem fala!

O Orador: - Devem pois preparar-se para uma disputa sem tréguas neste Parlamento sobre esta matéria. As razões do empenhamento não são partidárias, mas sim de dignificação do poder político e do regime.

O Sr. Carlos Candal (PS): - Muito bem!

O Orador: - São escusadas as tentativas de paralisação ou de inversão da discussão, pois ela continuará enquanto as causas se mantiverem.

O Governo anunciou o contra-ataque àquilo que chama calúnias da oposição. Estamos preparados para o contra-ataque dado que, até agora, nem uma única das afirmações aqui produzidas e provadas foram ou podem ser desmentidas.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - É preciso ter lata!

O Orador: - Por outro lado, a tentativa de à custa da manipulação se pretender desviar os assuntos não colhe. Há mesmo um certo orgulho, pois após a organização de grupos para passarem a analisar a pente fino todos os meus despachos, papéis, dossiers de dois anos e meio de membro do Governo, a actual maioria nada encontrou e resta-lhe deturpar documentos.

Assim, exibe um despacho em que se encarrega um técnico para dinamizar e organizar os processos abertos no tempo do Prof. Portas e que não tinham chegado ao Gabinete da Secretaria de Estado da Estruturação Agrária. Processos legais balizados pelo