com a realidade. Esse juízo é que eu não tenho dúvidas nenhumas de que é feito a meu favor por parte da opinião pública portuguesa, como o PCP teve oportunidade de demonstrar claramente nesta processo revolucionário posterior ao 25 de Abril.
Vozes do PSD e do CDS: - Muito bem!
O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Foi obreiro!
O Orador: - Diz ainda o Sr. Deputado que o PCP, , contra o que eu digo, é o responsável por tudo o que de bom há neste país, que o PCP foi o grande obreiro da liberdade conseguida no 25 de Abril. Permita-me que cite uma pessoa que neste momento não está nó meu partido, mas que já esteve. Essa pessoa afirmou nesta Assembleia uma coisa que tem grande correspondência com a realidade: que o PCP lutou peta liberdade, mas não peta liberdade de todos.
O Sr. Vítor Louro (PCP): - De todos! De todos!
O Orador: - Lutou apenas pela sua própria liberdade que, como se demonstrou, só servia para retirar a liberdade aos outros.
Aplausos do PSD.
Protestos do PCP.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Veiga de Oliveira.
O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Vou ser muito breve...
O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Ainda bem!
O Orador: -.... independentemente do apreço que me merecem as invectivas do Sr. Deputado Amândio de Azevedo.
Em primeiro lugar, não é só por o Sr. Deputado ter um temperamento irascível que eu disse que percebia porque' è. que o Sr. Deputado não era Ministro. O que eu disse é que também era por isso. É bom que fique clara esta questão.
O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): Já estou mais sossegado!
O Orador: - Além do temperamento há outras exigências...
Risos do PCP.
O Sr. Manuel Moreira (PSD): - Com certeza!
O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Essa é, boa!...
O Orador: - O Sr. Deputado deve ê contestar e demonstrar que não é verdade. Simplesmente, tolere que outros exprimam, claramente, democraticamente, as suas opiniões.
O Sr. Amando de Azevedo (PSD): - Se eu lhe chamar assassino, o Sr. Deputado demonstra-me o contrario, não?
O Orador: - Não, Sr. Deputado. Assassino é punível pela lei, pois é um crime. Ser reaccionário, por enquanto, não é crime, pois se o fosse os Senhores estavam todos na cadeia!...
Aplausos do PCP e do PS.
Quanto às coincidências de opinião - e para terminar -, lembro-lhe o que o povo diz em relação às companhias: se o Sr. Deputado acompanha bem, sabe com quem, Sr. Deputado. Por isso, se a sua opinião ..coincide com a dos fascistas a respeito do PCP, o Sr. Deputado deverá tirar as ilações que entender. Mas não me peça á mim nenhuma, responsabilidade sobre o assunto.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: - Tem a .palavra o Sr. Deputado Amândio de Azevedo.
O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Queria apenas informar o Sr. Deputado Veiga de Oliveira que em matéria de companhias tenho acompanhado muitíssimo mais com comunistas do que cora fascistas.
Risos do PCP.
O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Mota.
uma parte dela, vendem-na como semente; a outra vai para os restaurantes e hotéis, etc. Para o
povo, fica-lhe a nova, a 20$ e a 25S. Foi para isto que o Governo a importou?
Bacalhau? O tal prometido, nem cheiro, não obstante o Sr. Ministro do Comércio, mesmo dentro