Quanto ao Sr. Deputado Adriano Rodrigues, a sua pergunta é pertinente e é lógica para um problema de planificação. No entanto, se encarássemos esse argumento como decisivo, então como é que nós, nós Deputados do CDS, do PSD, do PCP...
O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Já agora, do PS também.
O Orador: - ..., criámos ou votámos, as Universidades da Beira Interior e de Trás-os-Montes?
O Sr. Avelino Zenha (,PS): - Muito bem!
O Orador. - Fizemos essa planificação para vinte ou trinta anos? Isso foi feito? Considerará o Sr. Deputado que é um argumento decisivo contra, por exemplo, o Instituto Universitário da Beira Interior, o facto de neste ano lectivo se terem inscrito apenas cinco alunos num dos dois cursos que esse, Instituto universitário está a leccionar, que isso é a prova provada de que tinham razão aqueles que se opuseram à criação dessa escola? Eu acho que, não porque todos os institutos universitários têm de começar pelo princípio. O Instituto Universitário da Beira Interior não foi mal criado só pelo facto de não ter conseguido um efeito espectacular em termos de ter uma procura de milhares de estudantes. Foi bem criado pela Assembleia da República, tal como a Faculdade de Direito da Universidade do Porto, será bem criada pela Assembleia da República se os votos do partido do Sr. Deputado não o impedirem injustificada e inexplicavelmente, conforme se está a ver.
Finalmente, temos as, respostas ao Sr. Deputado Carlos Alberto de Sousa, do Partido Socialista. Creio que é justo lembrar aqui que a ideia da criação de uma Faculdade de Direito na Universidade do Porto não é nenhuma ideia peregrina, é uma ideia que vem de há muito tempo. Eu comecei a ser estudante de Direito aí há uns vinte anos e já nessa altura me lembro da ideia de se criar uma Faculdade de Direito no Porto. Essa ideia tem muitos anos atrás dela, tem muitas pessoas que a defenderam.
O Sr. António Macedo (PS): - Muito bem!
O Orador: - O Sr. Deputado citou a posição da Juventude Socialista, eu não a conhecia, mas certamente há outras posições que toda a gente conhece. Desde que foi apresentado este projecto de lei à Assembleia da República que temos na nossa mão manifestações claras de apoio a essa criação e uma coisa é certa: até agora ninguém hostilizou a ideia, salvo aqueles que vêem os seus privilégios prejudicados. Só aqueles que defendem interesses de entidades privadas, privilégios privados, prerrogativas ilegítimas é que não compreendem que a Faculdade de Direito da Universidade do Porto é uma solução justa e necessária para dar ao Norte do País, à cidade do Porto e à Universidade em geral mais uma pedra no sentido do seu aperfeiçoamento.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, falta um minuto!
Vozes do PCP: - Muito bem!
O Orador: - Creio que já não será este Governo a presidir à criação da Faculdade de Direito na Universidade do Porto. Ele não vai durar o tempo suficiente para lhe caber ainda a institucionalização concreta da Faculdade de Direito da Universidade do Porto.
Aplausos do PCP, do PS e MDP/CDE.
Vozes do CDS: - Está enganado, está enganado.
O Sr. Adriano Rodrigues (CDS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. Adriano Rodrigues (CDS): - Para responder a uma pergunta do Sr. Deputado Vital Moreira.
Vozes do PS: - Não pode!
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, V. Ex.ª, não pode responder agora a perguntas.
Visto que o Sr. Deputado Sousa Tavares não se encontra presente neste momento, ficará com a palavra reservada para mais tarde.
Tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Nunes.
A Universidade foi fundada em Portugal, como se sabe, pelo Rei D. Dinis e foi confirmada por bula do Papa Nicolau IV em 1290. 15to quer dizer que esta