refutação foi feita exaustivamente pelo Governe e por alguns dos Deputados destas bancadas, pelo que não há necessidade de insistir nessas afirmações.

Aplausos do PPM e do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Coimbra.

único médico da área da Aliança Democrática que tem a maioria dos médicos do seu lado.

Gostava que me comentasse estes aspectos. Não será isto um pouco de pluralismo exagerado?

Aplausos do PPM e do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Veiga de Oliveira.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Eu não domino, infelizmente, porque seria melhor para vós, o pluralismo dos meios de comunicação social e garanto-lhe que seria muito mais isento que todos os senhores nomeados por vós para dirigir a comunicação social.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): -Que despudor!

O Orador: - Sendo como sou, seria muito mais isento.

Protestos do PSD e do PPM.

Mas queria dizer-lhe uma coisa: se os terrenos de categoria A do concelho de Almada não estão totalmente plantados de betão armado, isso deve-se a mim e ao meu partido, porque infelizmente nós fazemos muito pouco barulho com o ambiente, com a ecologia, mas temos um grande respeito pela condição de vida das pessoas e pela necessidade de respeitar os bens da natureza que são nossos, que são de todos os portugueses e que devem ser defendidos para que aqueles que são os nossos descendentes -os meus filhos, os seus netos, os meus netos- possam ter um país capaz de os suportar com uma vida melhor que a nossa.

Aplausos do PCP.

Sr. Deputado, pense nisto: nós tudo aquilo que podemos fazer, em concreto, em defesa dos interesses dos portugueses, temo-lo feito e lembro-lhe novamente que quem defendeu pela primeira vez num Ministério que não se implantasse betão armado em cima de terrenos de categoria A fui eu.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Coimbra.

O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente, são apenas quinze segundos para agradecer o elogio que o Sr. Deputado Veiga de Oliveira acaba de fazer à actuação do Dr. Ribeiro Teles na Secretaria de Estado do Ambiente durante os governos provisórios e isto porque as leis, que o Sr. Deputado invocou, para proteger os solos de grande capacidade agrícola em Almada foram feitas pelo meu partido enquanto esteve no governo provisório.

Aplausos do PPM e do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro.

O Sr. Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro (Pinto Balsemão): - Sr. Presidente, pedi a palavra para pedir um esclarecimento -talvez a título pessoal - ao Sr. Deputado Veiga de Oliveira a propósito da sua intervenção.

Penso que o Sr. Deputado deslocou, talvez insensivelmente, a questão para o plano em que, para mim, ela devia ser colocada e tanto é assim que abordou o tema numa perspectiva europeia, numa perspectiva internacional. Por isso queria perguntar-lhe duas coisas: a primeira, partindo de comparações entre jornais internacionais, visa saber se o Sr. Deputado entende que, por exemplo, o Isveztia ou o Pravda são jornais pluralistas; em segundo lugar, caso entenda que sim, se são jornais que servem melhor a sociedade em que se inserem do que por exemplo, o Le Monde, o The Guardian, o El País, o Neue Zürcher Zeitung, etc., para só citar jornais europeus. Ou seja, o Pravda, na opinião do Sr. Deputado Veiga de Oliveira, é melhor jornal que o Le Monde? O Isveztia serve melhor a comunidade, dá melhor informação, é mais pluralista do que o The Guardian, o Times, o El País ou outros jornais que citei?

O Sr. António Reis (PS):-O Newsweek!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra para responder, se assim o desejar, o Sr. Deputado Veiga de Oliveira.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, muito rapidamente vou responder ao Sr. Ministro Adjunto. O Pravda é o órgão do Comité Central do Partido Comunista da União Soviética, não tem de ser nem deve ser pluralista, tem de ser o que é como órgão oficioso que é, deve representar uma opinião...

O Sr. Bento Gonçalves (PSD): - Não há outra!

O Orador - ... conforme aquilo que o Comité Central do Partido Comunista da União Soviética decide e diz isso na primeira linha que se segue ao nome