O Sr. Presidente: - Está encerrado o debate da

interpelação do Governo. Para a intervenção, final de

trinta minutos tem a palavra o Partido Comunista.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, nós pedimos aquilo que é habitual - um intervalo entre o fim do debate e o início das alegações finais. .

O Sr. Presidente: - Por quanto tempo, Sr. Deputado?

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - O habitual é meia hora. Se o. Sr. Presidente assim entender, pode considerar que está pedido um intervalo do meia hora.

O Sr. Presidente: - Está suspensa a sessão por trinta minutos.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Sr. Presidente, se me dá licença, o Grupo Parlamentar Socialista preferia fazer um intervalo maior para jantar. Preferíamos isso a fazer agora uma interrupção e termos de estar aqui até às 11 horas sem jantar. Nós requeremos, portanto, que a, sessão seja interrompida para jantar e voltaremos para que se proceda ao encerramento da interpelação.

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Peço a palavra Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Roseta.

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - É para discordar, esta vez, do Sr. Deputado Carlos Lage. O Sr. Deputado Carlos Lage não deve estar recordado, de que nos termos do acordo havido vai haver apenas, um máximo - e eu repito, no máximo -, uma hora de debate. 15to é, o partido interpelante dispõe de meia hora e o Governo igualmente de meia hora. Até se pode presumir que as intervenções finais possam não esgotar a meia hora. Portanto, eu sugiro que efectivamente se faça apenas um intervalo.

Não sei se o Partido Comunista não estaria até disposto a reduzi-lo, ainda que fosse apenas em alguns minutos. Por exemplo, vinte minutos talvez fossem suficientes. Também já houve precedentes nesse sentido. E depois de um intervalo de vinte minutos nós poderíamos perfeitamente ter mais uma hora de debate.

Recordo, ainda, que amanhã não há qualquer reunião dado que é feriado e há muitos Deputados que não são de Lisboa e que desejariam ausentar-se, pelo que é mal estarmos a obrigá-los a voltar hoje aqui.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Veiga de Oliveira.

Uma voz do PSD: - Os comboios partem à meia noite e nós temos de nos ir embora.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, a Mesa tinha muito mais agrado em que VV. Ex.ªs estabelecessem um consenso porque, se é certo que merecem à Mesa o maior respeito as razões invocadas pelo Sr. Deputado Veiga de Oliveira, também não é menos certo que, se conseguirmos despachar os trabalhos com a maior brevidade possível todos nós, os Deputados e os trabalhadores da Assembleia, ficaremos libertos muito mais cedo. De modo que lhes pedia que estabelecessem um consenso sobre este ponto.

Pausa.

O Sr. Carlos Lage: - Sr. Presidente é melhor irmos jantar porque assim beneficiamos da baixa que houve nos preços. Se não vamos jantar já, ainda vamos apanhar a subida!

Aplausos e risos do PS e do PCP.

O Sr. Presidente:- A Mesa, como já come pelos preços mínimos, não conta ter esses benefícios.

Uma voz do PSD: - Que, grande derrote!

rastamento desta sessão.

Não podemos portanto dar o nosso. acordo. O Partido Comunista pediu meia hora. Pois a seguir à meia hora cá estaremos.

O Sr. Presidente: - A sessão está suspensa por trinta minutos. Peço aos leaders dos grupos parlamentares o favor de se dirigirem ao meu gabinete.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Sr. Presidente, temos

fome! É uma questão de fome!