É certo que o Governo e os partidos governamentais tentar-a-m durante o d-ebate (e poo mero e,feíto. de re4petição) garantir que estão a oumprir as suas pro.messas eleitorais e foram encarregando a imprensa de serviço de proclamnr q,ue ainda haverá medidas espectaculares.

Mas não provaram nada, não refuta-ram os factos mais escandalosos nem as acusações mais contundentes.

A prova ficou feita. Não nas tímidas e inseguras alegações do Governo, mas no libelo ceusatório que aqui truxemos.

0 Governo sai daqui com a im-agem mais acabada ...

Risos do PSD e do CDS.

...,d'e junta directiva dos grandes interesses económicos naci(>najis e estrangeir<>s

Aplausos do PCP .

... um Governo que não se preocupa em zelar pelas condíções de vida e o beni-estar do povo português, mas tãe-some-nte em carrear nc>vos benefícios para os senhores do. grande, capital e os latifundiári<>s e em restaurar-lhes os priv-ilégios e os poderes.

O Sr. António Lacerda (PSD): - É falso!

O Orador: - Trat-aNa-se de fazer nesta interpelação a prova disto. Ela foi fe-ita. Tratava-se de desmascarar o Governo e de o responsabil-:zar pela demagogia, pela mentira, pelas colossais aldrabices eleitoi-alistas. Trat-arva-se de responsabilizá-lo pelo ag.ravamento e a degradação das condições de vida do nosso povo.

15to tem e%,identemente: que ver com as próximas eleições.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Noves fora nada!

O Orador: - 0 povo português está a julgar o Governo e vai puni-lo derrotandc) nas umas os partidos da col-igação governamental.

Aplausos do PCP.

Pela nossa parte, entendemc>s que devíamos e devemos contribuir com a nossa informação e o nosso escl:arecijnento .:para completar as peças do processo e para que o veredicto popular seja devastador.

E não é isto inteiramente legítimo, em democraca?!

Mas não se tnata só disso.

Esta interpelação faz parte da batalha geral que o PCP vem travatijo em defesa ...

O Sr. Manuel Moreira (PSD): -Defesa? Ruína!

O Orador: - ...dos interesses e direitos do povo port.uguês, pela melhoria do seu bem-estar, pelo reforço e al,ar.gamento das s,uas conquistas socia,.ºs, o que nos tem levado a colocar numa posição de contínua exigência face aos sucessivc)s Governos, numa atitude, de permanente contacto coni as populaçõe.s para ausoultação das carências o asprações mais sentidas.

O Sr. Narana CoL~ró (CDS): -Permanente cont,acto?! Pp-rma-nente derrota!

O Orador. - Sr. Deputado Narana Coissoró, os se;us apartes são bem conhecidos pelos Deputados e, na verdade, nãc) têm nenhum si-gnificado.

Aplausos do PCP e risos do PSD e do CDS.

Saliente-se por isso que, a acmscer às proppstas que aq,u fizemos aquando da aprovação do OGE (designadamente em matéria de. segurança sc)ciwl --abono de família, reforma e peiisões- e sobre o reforço da verba para o a.umento dos trabalhadores da função pública), ao longo deste, debate propusemos medidas e soluções q.uej o Governo foi incapaz sequer d,e d-jscutir.

Indepc.ndentemente ciâ interpelação, ho.je mesmo apresentámos um prc)jecto de lei q.uc garantc, pelo menos, o subsídio de desemprego aos trabalhadores a qjuem há lorlgos meses nãc> seja pago o seu salário por -paralisação das empresas por motivo-. não imputáveis ac)s trabalhadores.

0 Governo não teve e, obviamente não podia ter, qualque.r inãciati-va neste, domín!.0 e, no entailto, estas são sit,uações q.ue não podem ser descon.hccidas quando se fal-a do prc>blema do emprego. 0 Governo mostra não estar preocupado com elas.

0 -Governo prc)mete-u, aliás, qiuc iría d-iminuir o desempre-go, mas quando quanti-ficou o númexo de. postos de trabalho que se propunha criar (l9 000) logo se vi-u que o desemprego convin.uaria a agravar-se, l)ois s<) à procura do primeiro emprogo chegam anualmente ao mercado de trabalho 30 000 jovens. E a isto há ainda que juntar os desped-imentos, como no caso da St-andard Eléctrica, a ofensiva de. destruição das UCPs/cooperativas da zona da Reforma Agrária e a política de estagnação económica prosseguida por este Governo.

T,enita.ndc) contraríar a brutal ev:dência das coisas, o Sr. MJln:stro do Trabal,ho pe,rmit;u-se apresentar nume,rgs do seu Mi:nistério (do S,-:rvi,o, Nacional de Empre,g-o) que b,-im se sa;bem d--