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O Orador. -... porque a mudança essencial, realizada em 2 de Dezembro, com a vitória da Aliança Democrática, foi a de que, pela primeira vez, desde o 25 do Abril de l974 -com a ri~ vdtória-, o Partddo Comunista perdeu o Poder, deixou de ser Poder em Piortugal.

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM e risos do PCP.

É que para ser Poder não é preciso estar no Governo ...

O Sr. Malato Correia (PSD): - Claro!

O Orador.-..., e os últimos anos bem o provaram. Para sierPoder basta, como fez o Partido Comurústa até 2 de Deeembro, tex a capacídade de influienciar ~kivainente as decisões de um qualquer govewno, criar a sensação de que, nada se pode fazer sem ele. Essa 'sensação., essa Tealidade construi-u-a o Part.ido Comunista, desde 25 de Abri-1 de. l974 ...

A Sr.& Zita Seabra (PCP): - É vordadel

O Orador. -... até 2 de Dezembro de 1979. E em 2 de Dezembro & 1979 ca4u-lhe a casa. em cima parqiue, -de -fact<>, doi-xou de: ser -Poder. Mas quer recuperá-lo, e, é por -isso que tenta todos os meios, Tentou recuperar o PodeT apelando para, o. derrube do Governo e- :há meses que anda a pedilr ao Presidente da República que, demilta este -Governo. Para is,so procuiria 4itar o. País, desencadear greves, dar a sen~o do que o, -Pextido Socáa-lista!resunliu de que, duirante -este Governo, 'houve ornaior surt<> de greves na história deste- país, ~ 1974. Simplesmente, confunde---se as greves convocadas. com as gwm realizadãs ...

Vozes do PSD e do CDS. - Muito bem!

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Boa piadal

Vozes do PCP- - Querias!

A Sr.ª lida Figueb-edo (PCP): - Garganta!

O Orador. -E é por iso que as greves se definham, as manifestações se esvaziam. E, falhando em, frente de, combate, o Paritido Comunista quás transfe-ri-la, para «qui e %fez esta in.iterpelação para apresen,t-a-r unia m~ & censura que já não pode ser dísculiK

Protestos do PCP.

Mas o Partàdó Comunista fal;hou redondamente e provo~

em deniocracia é sem vós e se, necessário con.t.ra vós,

como fizemos no:Alenejo para restituir a liberdade,

como continuaremos a fazer ~ue sabeanos perfei

tamene -e -neste debate ficou bem demonst,rado

que oPartido, Co-m,unista está ansioso para -regressair

ao Poder. E re&rcwar ao -Poder coma? Regressando

à situação anteribr, à da, maioria da Aliança Demc>

cráticai, para passarmos a vAver como vivíamos -o

já muitos parecem estar esquecidos- antes da exis

têricia da Alliança Demociráfica. Vivíamos ou com

govemos mi-noritár':cs que levavam o Partid<> Comu

nista ao Podor, visito que -havia a sensação de que

em preciso conciliar const-a-ntementt, ou. com uma

ten,tati,va de Governo maiotitário -o do II Gover-no

C<)nsft4tucio-nal- que caiu preeis

O Sr. Narana Coissoró WDS): -Sim, senhor!

O Sr. Rui Pena

O Orador: - ..., ou mantermos a maioria da Aliança Democrática. F-sta- -foi ia. verdadeira questão que deu lugar a este deba-te.

E "tas palavras irritam tanto o Partido Comunista que não se coíbe,, nem se dom-ina p&ra as ouvir em silênci<>; é in~ de resistir porque estas são verdades como pua-hos, mas os punhos da verdadz, que lhe doem porque, acertam ma estiratégia global da oposição, que passa também, pela política internacional que o -Partído Comuni-sta aquI levantou há pouco na tribuna, onde agora me encontro no enceríramento do debate. Aí está. a polítilca e-x.terna também, E pa.reoe, que isso não vinha nada a propósitc) num deba,te sobre o bem-estar do povo p<>rtuguês, mas foi aqui focadoporque é um aflora-mento do Podor que o Part.ido Comuffliigta quer. Agora não a querem ventilar, mas o MDP/CDE e. o PCP liá bocado f alaram neU; não conseguiiriam calar esse sintoma da sua sede de Poder porque é f.u,ndamental quc haja em Portugal uma polít-ica externa am,bígua, como houve a-té ao Governo da Alilança De,mocráti-ca para que, a União Soviética lenha. o nosso país, dada a sua posí,ção, geoest,ratégica, ma-is ou menos controladu, mais ou menos neutiralizado.

Vozes do PSD-. -Muito -bem!