pelo Conselho da Revolução, conseguiram resolver. E por isso apelaram para o eleitorado e o eleitorado resolveu-a; o eleitorado português não voltará atrás, não quer regressar aos tempos do crise, aos tempos de instabilidade, aos tempos de mando mais ou menos oculto, mais ou menos aparente. do PCP.

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.

Porque sabe que quando não houver maioria da AD voltará esse mando e esse marido significa que continuarão as conquistas verbais mas se deteriorará, como se deteriorou na realidade, nos anos passados, o poder de compra dos Portugueses, as suas condições de, vida.

E que, melhor conclusão deste debate, o ouvir aqui o Sr. Deputado do PS, Sr. Deputado Vítor Constâncio, dizer que, afinal, apesar de tudo, é possíveis que os salários reais não diminuam; é mesmo possível, dizia o Sr. Deputado há pouco, que aumentem um pouco.

Protestos do PS e do PCP.

habitação, em matéria de segurança social, em matéria de pensões. E é disto que dói à oposição e é por tudo isto que só fora de prazo, relapsamente, a oposição se resolveu apresentar a primeira moção de censura ao nosso Governo que sabia não poder ser discutida no período normal de funcionamento da Assembleia.

Protestos do PCP.

E é por isso que a Aliança Democrática, e com ela o povo português podem encarar com confiança o futuro, sabendo que a maioria da AD se manterá e alargará e sabendo que o seu candidato à Presidência de República, que já aqui foi falado, será eleito com uma única dúvida: é saber se será eleito à primeira ou à segunda volta. Tenho dito!

Aplausos dos Deputados do PSD, do CDS, do PPM e dos Deputados reformadores e protestos do PS e do PCP.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Dá-me licença, Sr. Presidente?

Vozes do PSD e do CDS: - Não dá!

O Sr. Presidente: - Para que efeito é, Sr. Deputado?

Vozes do PSD: - É para pedir desculpa!

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente, peço a palavra ao abrigo da figura do protesto.

Protesto do PSD e do CDS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, desculpe, mas há pouco quando o Sr. Deputado Rui Pena pediu a palavra, e depois desistiu, disse, de uma maneira muito clara, que neste momento não admitia a figura do protesto. O plano de trabalhos para a parte final deste debate foi estabelecido com a intervenção do Partido Comunista Português e a resposta do Governo que encerraria o debate, pelo que não lhe concedo a palavra.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Mas o Sr. Presidente não me deixou terminar o que ia dizer. E interpelando a Mesa aproveito para dizer que, embora pedindo a palavra sob a figura do protesto, não ia fazer um protesto, porque o discurso do Sr. Primeiro-Ministro não oferecia matéria para tanto.

Protesto do CDS.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, a Mesa está a ser interpelada e pede o favor de não interromperem o Deputado que o está a fazer.

O Orador. - Uma vez que o Sr. Presidente não me concede a palavra o que eu considero lamentável, porque, como o Sr. Presidente sabe, segundo o nosso Regimento, quem devia ter a última palavra era o partido interpelante...

Protestos do PSD e do CDS.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Carlos Brito, vamos entender-nos. Foram V. Ex.ªs, por consenso estabelecido na conferência dos presidentes dos grupos parlamentares, que concordaram com este esquema. E tanto quanto me recordo designadamente das interpelações anteriores em que esquemas idênticos foram cumpridos, foi atribuído ao Governo, pelos partidos, que não pela Mesa, o direito de ser o último a falar, pelo que seguindo o estabelecido a intervenção do Governo encerra o debate.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - De qualquer modo, agora a intervenção de V. Ex.ª é extemporânea em relação a um processo específico de trabalho que se criou por consenso de todos os grupos parlamentares, pelo que não lhe posso conceder a palavra.

Iria reatar-se um diálogo pelo que o Governo terá o direito naturalmente, de voltar a usar da palavra. Isso não está previsto e era a Mesa que ia saltar por cima de uma deliberação da Assembleia da República ,tomada pelos seus legítimos representantes em conferência dos grupos parlamentares. E o Sr. Deputado Carlos Brito sabe que é assim. De maneira que eu não lhe concedo a palavra.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Muito bem!