uma das quais é justamente fazer cumprir o Regimento. Muito obrigado.

Vozes do PS: - Muito bem! Muito bem!

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Ainda não acabou o tempo. Era melhor que o soubesse aproveitar!

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Muito bem! Muito bem!

A Sr.ª Ercília Talhadas (PCP): - Claro! A gente já sabe!

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Não pode ser, Sr. Presidente. Peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - ST. Presidente, Srs. Deputados, eu peço desculpa, mas o que está em causa não é o problema de saber se se podem fazer as declarações políticas ou não. A nossa interpretação do Regimento coincide inteiramente com aquela que V. Ex.ª acaba de fazer e foi sempre por nós afirmada nesta Assembleia. Se condescendemos muitas vezes foi porque não havia razões prementes em contrário. Neste momento há razões prementes em contrário: Temos muitas dificuldades de tempo. Os partidos da oposição não se mostram dispostos a acordar connosco a gestão deste tempo e por isso nós não podemos de maneira nenhuma consentir que se prolongue para além de uma hora o período de antes da ordem do dia, seja por que razão for. Interpretamos o Regimento no sentido de que não há nenhuma norma regimental que diga que as declarações políticas têm de se fazer necessariamente, mesmo que seja para além da hora prevista do período de antes da ordem do dia. Nestes termos, o mais que eu posso fazer é o seguinte: é convidar os partidos da oposição para uma conferência dos presidentes dos grupos parlamentares, a realizar porventura no intervalo. E até estou disposto a permitir que se faça a declaração política no período da tarde, se eventualmente chegarmos a um acordo que permita lambem tutelar os interesses da maioria. Mas permitir que a oposição despenda o tempo que consideramos indispensável para matérias em intenção das quais foi prorrogada esta sessão legislativa, isso nós não podemos fazer.

O Sr. Azevedo Soares (CDS): - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, a Mesa anunciou a sua deliberação de estabelecer uma solução intermédia e não deixa de se impressionar com a circunstância de a produção das declarações políticas sor efectivamente importante. Tomou uma decisão. Se VV. Ex.ªs quiserem recorrer dela para o Plenário, recorrerão, mas a Mesa mantém a decisão que tomou.

O Sr. Azevedo Soares (CDS): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado.

as declarações políticas, deixando-se os protestos e contraprotestos para a sessão seguinte, merece o acolhimento do nosso grupo parlamentar.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado António Arnaut, pede a palavra para que efeito?

O Sr. António Arnaut (PS): - Igualmente para interpelar a Mesa, Sr. Presidente, e sobretudo para dizer a V. Ex.ª que o Partido Socialista concorda com a interpretação que V. Ex.ª fez.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, desculpe, mas eu mantenho inteiramente a minha interpretação. O que acontece é que, por uma razão a que não quero chamar de tolerância, porque nunca usarei de tolerância com esta Assembleia, mas que prefiro substituir pelo termo deferência ou respeito para com o valor das declarações políticas tomei esta decisão. Não percamos mais tempo. Tem a palavra o Sr. Deputado ...