O Orador: - Julgo que embora esta expressão seja anglo-saxónica, talvez não agrade ao Sr. Deputado Vital Moreira. O que é um facto é que não há «certas expressões» e «certas forças políticas» nesses países.

Contudo, Sr. Deputado Vital Moreira, queria finalmente pôr à sua consideração que o que está aqui em discussão é essencialmente uma questão de fundo - reconheço isso -, mas é também uma questão sistemática. Portanto, não concordo com a recusa do Sr. Deputado em discutir e votar globalmente este título II-A, que ou é aprovado e podemos descer ao pormenor na alínea e) do artigo, ou é rejeitado e parece-me que é pura perda de tempo estarmos aqui a analisar alínea a alínea, porque, efectivamente, estes antigos e muitas das alíneas aqui constantes vêm depois a surgir em artigos subsequentes ç parece-me que aí se poderia realizar a discussão da matéria que; deles consta.

Portanto, pedia ao Sr. Deputado Vital Moreira que reconsiderasse eventualmente a sua recusa de discussão e votação global do titulo II-A.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Almeida Santos.

cativa, porque se, efectivamente, acha que acusar de inconstitucionalidade a aprovação de um diploma é um insulto, isso significa que o Sr. Deputado ainda é sensível à circunstância de se aprovarem inconstitucionalidades e, provavelmente, tem consciência de que o fez sabendo que o fazia.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Amândio de Azevedo.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Era só para dizer ao Sr. Deputado que quando fiz as minhas afirmações não referi qualquer das suas, mas sim as do seu camarada Jorge Sampaio que apenas nos acusa.

O Sr. Almeida Santos (PS): - Desculpe, mas foi o que vocês fizeram!

O Orador. - Nós estamos interessados na discussão, conduzimo-la como entendemos que é mais conveniente, gostaríamos que não nos acusassem de não estar nela interessados e de desprezar esta Assembleia e a discussão.

O Sr. Jorge Sampaio (PS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Jorge Sampaio (PS): - Para um simples protesto, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Jorge Sampaio (PS): - Sr. Presidente e Srs. Deputados: Julgava que fazer uma pergunta não era fazer uma afirmação, mas vejo que para o Sr. Deputado Amândio de Azevedo é a mesma coisa, pelo que o problema é dele não é meu.

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Para uma segunda intervenção nesta matéria.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Creio que todos entenderam que não contraprotesto em relação ao protesto destemperado do Sr. Deputado Amândio de Azevedo, porque toda a gente já percebeu que o Sr. Deputado quando lhe faltam os argumentos, queixa-se de que o estão a insultar e, portanto, protesta em vez de argumentar.

Em relação ao Sr. Deputado Azevedo Soares, devo dizer que é tocante a referência a uma procura de fair-play, mas o que creio é que neste momento e até agora quem tem estado a procurar fazer jogo limpo, liso, isento, temos sido nós, porque da parte das bancadas governamentais das duas uma: aparentemente, se a interpretação me é lícita, há os que não querem mexer nisto e há os que não podem...

Uma voz do PCP: - E os que não sabem!

O Orador: - ... e quero crer que há também aqueles que fazem por não se meter nisto, por ficarem à margem, para não terem de saber se não querem ou se não podem.

Aplausos do PCP.

Falando, então, em fair-play, em jogo limpo, devo dizer e é fácil perceber, porque é que não estou de acordo com a votação global dos artigos do título II-A, mas sim com a sua votação em separado. Isto porque, obviamente, não estou em condições, depois daquilo que se tem passado aqui, de facilitar a vida à maioria governamental.

Uma voz do CDS: - Não precisa!

O Orador: - A maioria governamental terá de votar os artigos um a um e dizer porque é que não