lugar à inconstitucionalidade, e não todos e quaisquer direitos, nomeadamente os direitos consagrados estatutariamente, sem base constitucional, o que não dá lugar, obviamente, à inconstitucionalidade, mas, quanto muito, à ilegalidade. Também isto não consta da alínea l), que fala indiferentemente em violação dos direitos da Região. Não vem daqui grande mal ao mundo, mas revela-se mais uma vez uma certa esperteza saloia em tentar, através de uma modificação de simples expressões, alterar o conteúdo da Constituição.

O Sr. Presidente: - Não havendo mais inscrições para o uso da palavra, vamos votar esta proposta do Partido Socialista relativa à alínea l) do n.º 1 do artigo 34.º

Submetida à votação, foi rejeitada, com votos contra do PSD, do CDS e do PPM e votos a favor do PS, do PCP e do MDP/CDE.

É a seguinte:

1) Solicitar ao Conselho da Revolução a declaração de inconstitucionalidade de

normas jurídicas emanadas dos órgãos de Soberania, por violação dos direitos

da Região consagrados na Constituição.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos agora votar, se ninguém pedir a palavra, o texto da alínea l) do n.º 1 do artigo 34.º, tal como consta da proposta de lei.

Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do CDS e do PPM e a abstenção do PS, do PCP e do MDP/CDE.

É o seguinte: Solicitar a declaração de inconstitucionalidade de normas jurídicas emanadas dos órgãos de Soberania, por violação dos, direitos da Região;

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Azevedo Soares para uma declaração de voto.

O Sr. Azevedo Soares (CDS): - Sr. Presidente, desejo apenas registar que de facto o assunto não era assim tão importante, dado que as bancadas da oposição se abstiveram quanto à votação do texto desta alínea.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Vital Moreira.

O Sr. Vital Moreira (PCP): - Sr. Presidente, se nós estivéssemos aqui com o simples espírito de chicana com que, aparentemente, a maioria está, devíamos, pelas mesmas razões pelas quais eles votam sistematicamente a favor, votar sistematicamente contra. Simplesmente nós temos uma opinião e uma atitude bastante mais sensatas e sobretudo bastante mais dignas em relação ao trabalho da Assembleia do que aquelas que a maioria está a mostrar, infelizmente.

O Sr. Cabrita Neto (PSD): - Provocador!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados vamos agora discutir e votar as alíneas m), n), o) e p) constantes da proposta de lei da Assembleia Regional da Madeira.

Dado que não há pedidos de uso da palavra, procederemos à votação em conjunto.

Submetidas à votação foram aprovadas por unanimidade. Deliberar sobre o exercício, pelo seu Presidente, da iniciativa prevista no n.º 1, alínea b), do artigo 236.º da Constituição e sobre o respectivo procedimento judicial contemplado no n.º 3 do mesmo artigo;

n) Pronunciar-se, por sua iniciativa ou sob consulta dos órgãos de Soberania, relativamente às questões da competência destes respeitantes à Região;

o) Vigiar pelo cumprimento do Estatuto e das leis e apreciar os actos do Governo e da Administração Regionais;

p) Votar moções de confiança e de censura ao Governo Regional.

O Sr. Presidente: - Passamos à votação e discussão da alínea q). Há três propostas de eliminação, do PSD, do PS e do PCP. Vamos votar em primeiro lugar a proposta do PSD.

Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.

O Sr. Presidente: - Estão prejudicadas as outras propostas, ou estão aprovadas, como queiram, porque ambas eram propostas de eliminação.

Sr. Deputado Almeida Santos, tenha a bondade.

O Sr. Almeida Santos (PS): - Sr. Presidente, quero congratular-me por ao menos esta inconstitucionalidade ter sido corrigida com o voto da maioria. Desejo ainda dizer que me chegou agora mesmo à mão uma nota de um comunicado do PSD da Madeira, segundo o qual os socialistas, como tais, têm apresentado propostas no sentido de imporem outro Estatuto, que não o votado pelos representantes da Madeira, bem como comprometer a aprovação do Estatuto no período da actual legislatura, para além de outros considerandos que, talvez não tenham tanto interesse.

Eu queria dizer que quem compromete a aprovação deste Estatuto no período da actual legislatura, em termos definitivos, é quem até este momento se não